Num contexto de crise internacional complexa, a relação com o Paraguai "é cada vez mais importante", disse Kishida na sexta-feira aos jornalistas, após um encontro em Assunção com o Presidente paraguaio, Santiago Peña.
"Este ano é o ano da América Latina e das Caraíbas", acrescentou o responsável nipónico no Palácio de López, sede do Governo paraguaio.
Neste sentido, Kishida destacou que, em novembro, a região vai acolher o Fórum para a Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em Lima, Peru, e a Cimeira do G20, na qual o Brasil vai ser o país anfitrião.
Kishida expressou interesse em reforçar a cooperação com a região, notando que esta desempenha "um papel cada vez mais importante na comunidade internacional".
Declarou ainda que o Paraguai "é um amigo indispensável para o Japão", destacando "a sólida" relação bilateral.
Memorandos em diversas áreas, incluindo alterações climáticas, comércio, investimento e comunicações, foram assinados durante e visita, indicou.
Já Peña classificou de histórica a visita de Kishida, que coincide com os 105 anos de relações bilaterais entre os dois países.
O chefe de Estado paraguaio afirmou que, tal como o Mercosul assinou um acordo de comércio livre com Singapura, em dezembro de 2023, e procura um semelhante com os Emirados Árabes Unidos, também espera que assim seja com o Japão.
Kishida reuniu-se na sexta-feira em Brasília com o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois líderes assinaram cerca de 36 acordos de cooperação nas áreas de segurança cibernética, ciência e tecnologia, agricultura e ambiente.
O primeiro-ministro japonês volta hoje ao Brasil para uma série de encontros com empresários e descendentes de japoneses em São Paulo.
O Brasil tem a maior comunidade de descendentes de japoneses fora do Japão, estimada em mais de dois milhões de pessoas, e o país asiático abriga o quinto maior grupo de brasileiros no exterior, cerca de 211 mil.
Leia Também: Lula pede mais equilíbrio na balança comercial do Brasil com Japão