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Iémen. Quase 200 ONG pedem 2,1 mil milhões para ajudar país em guerra

Quase 200 organizações não-governamentais (ONG) apelaram hoje à angariação dos 2,1 mil milhões de euros em falta para financiar a ajuda humanitária ao Iémen, alertando para as "consequências catastróficas" da falta de fundos atribuídos a este país em guerra.

Iémen. Quase 200 ONG pedem 2,1 mil milhões para ajudar país em guerra
Notícias ao Minuto

14:53 - 06/05/24 por Lusa

Mundo Iémen

"Até agora, apenas 403 milhões de euros dos 2,5 mil milhões de euros exigidos pelo Plano de Resposta Humanitária ao Iémen para 2024 foram financiados, deixando necessidades por satisfazer no valor de 2,1 mil milhões de euros", indicaram 188 organizações, incluindo várias agências da ONU, numa declaração conjunta, hoje divulgada.

Os doadores internacionais devem "atender urgentemente" a estas necessidades, avançaram no domingo responsáveis europeus em Bruxelas, na sequência de uma reunião dedicada à situação humanitária no Iémen.

Depois de mais de nove anos de guerra neste país, o mais pobre da península arábica, mais de metade da população, ou seja, 18,5 milhões de pessoas, necessita desesperadamente de ajuda humanitária, referiram as ONG na mesma nota informativa.

"A inação teria consequências catastróficas nas vidas das mulheres, crianças e homens iemenitas", sublinharam ainda.

O Iémen tornou-se palco de uma guerra em finais de 2014 entre os rebeldes xiitas Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que em março de 2015 seria apoiado por uma coligação militar internacional árabe, liderada pela Arábia Saudita.

A guerra provocou centenas de milhares de mortos, a maioria dos quais devido a consequências indiretas do conflito, como falta de água potável, fome e doenças, segundo a ONU.

A violência diminuiu consideravelmente desde que foi acordada uma trégua, em abril de 2022, levando a uma "ligeira melhoria nas condições humanitárias", mas as necessidades "permanecem significativas", sublinharam as organizações.

"O subfinanciamento representa um desafio à continuidade dos programas humanitários, levando a atrasos, reduções e suspensões de programas de ajuda que salvam vidas", alertaram.

Leia Também: Huthis prenderam cinco pessoas acusadas de sabotagem e espionagem

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