O anterior balanço apontava para 84 mortos e 111 desaparecidos na catástrofe ambiental que se vive em grande parte do estado do Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina e o Uruguai.
As autoridades estão a investigar as causas de quatro outras mortes para determinar se estão relacionadas com as chuvas, que afectam o sul do Brasil há uma semana.
As chuvas, que só agora começaram a diminuir nesta região do país, afetaram mais de 1,1 milhões de habitantes em 385 municípios, que sofrem com a falta de alimentos, medicamentos e serviços básicos como eletricidade e água.
Dados da Defesa Civil local indicam que, desse total, 153.824 pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas, encontrando-se em casas de familiares e amigos, enquanto outras 47.676 estão em abrigos improvisados pelas autoridades.
O rio Guaíba inundou o centro histórico de Porto Alegre, a capital regional, e várias cidades da região metropolitana, mas as inundações e os deslizamentos de terra causaram danos consideráveis em muitas cidades do interior do Rio Grande do Sul.
Com uma população de 11 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul tem um total de 496 municípios, dos quais 385 foram afetados.
Pelo menos 1,2 milhão de residências e estabelecimentos comerciais permanecem sem energia elétrica e 98 municípios estão sem serviços de telefonia e internet.
Além disso, 47 estradas registaram bloqueios totais ou parciais devido à subida de rios e deslizamentos de terras.
Mais de 14.500 socorristas de vários estados e militares estão atualmente destacados para ajudar as vítimas.
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