Moscovo atacou rede energética ucraniana "em resposta" a ataques de Kyiv

O Ministério da Defesa russo afirmou hoje ter efetuado ataques com mísseis e 'drones' (aeronaves não tripuladas) contra alvos militares e energéticos na Ucrânia "em resposta" aos ataques de Kiev às suas próprias infraestruturas.

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© Reuters

Lusa
08/05/2024 12:56 ‧ 08/05/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

 

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"Em resposta à tentativa do regime de Kyiv de danificar as infraestruturas energéticas da Rússia, as forças armadas da Federação Russa lançaram um ataque conjunto [...] contra instalações energéticas e empresas do complexo militar-industrial ucraniano", declarou o ministério russo em comunicado.

O documento de Moscovo foi divulgado depois de Kyiv ter denunciado ataques "maciços" durante a noite à rede de energia, que provocaram seis feridos, com as autoridades ucranianas a alertarem para possíveis cortes de energia, face à situação "particularmente difícil" no país.

"O inimigo não desiste dos seus planos de privar os ucranianos de energia. Um novo ataque maciço à nossa indústria energética!", declarou o ministro da Energia da Ucrânia, German Galushchenko, na rede social Telegram.

Os ataques tiveram como alvo instalações de produção e transmissão de eletricidade nas regiões de Poltava (leste), Kirovograd (centro), Zaporijia (sul), Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia (oeste), segundo Galushchenko.

A cidade de Kherson, no sul, também ficou "parcialmente privada de eletricidade" devido a "ataques inimigos", disse o governador da região, Oleksandr Prokudin.

A empresa nacional de eletricidade Ukrenergo alertou que "das 18:00 às 23:00 (horário local), poderão ocorrer cortes de energia em toda a Ucrânia".

A companhia pediu aos seus clientes que "utilizem a eletricidade com moderação" para fazer face a uma situação que se espera ser "particularmente difícil".

"Os russos desferiram um novo golpe maciço nas centrais térmicas e hidroelétricas", lamentou a operadora, acrescentando que esse foi o quinto ataque de grande escala contra a rede energética desde 22 de março.

A força aérea ucraniana afirmou ter abatido 39 dos 55 mísseis lançados pela Rússia, bem como 20 dos 21 'drones'.

Várias autoridades locais relataram pelo menos seis feridos durante a noite de terça-feira: um na região de Dnipropetrovsk (sul), dois em Brovary, perto de Kyiv, e pelo menos outros dois na capital.

Uma criança de 8 anos também ficou ferida na região de Kirovograd (centro), afirmou o governador da região, Andriï Raikovych, no Telegram.

Segundo a empresa DTEK, o maior investidor privado no setor energético da Ucrânia, três centrais térmicas foram "gravemente danificadas".

A companhia afirmou que as suas instalações foram bombardeadas cerca de 180 vezes desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, incluindo cinco vezes nas últimas seis semanas.

A Rússia realiza bombardeamentos à rede energética da Ucrânia há meses, causando danos significativos e cortes generalizados de energia.

Leia Também: Após ataque russo, "poderão ocorrer cortes de energia" em toda a Ucrânia

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