"Tinha de ajudar". Vítima de ataque em Sydney encontra homem que a salvou
A mulher, que ficou gravemente ferida no ataque mortal, só recebeu alta hospitalar há uma semana. Liya passou 10 dias em risco de vida nos Cuidados Intensivos.
© Reprodução 9News
Mundo Sydney
Liya Barko, umas das sobreviventes do ataque mortal no centro comercial Westfield Bondi Junction, em Sydney, no passado dia 13 de abril, reencontrou-se com o homem que lhe salvou a vida.
A mulher, de 35 anos, já havia falado deste 'herói' misterioso em algumas entrevistas, mas não tinha conseguido encontrá-lo até então. Numa entrevista à 9News, no início desta semana, lembrou que o homem vestia uma t-shirt verde e confessou: "Gostaria de o voltar a ver, pelo menos dar-lhe um abraço".
Agora, a estação australiana permitiu o reencontro. O homem trata-se de Wayne Tolver Banks, um ex-militar
"Meu Deus, lembrava-me de que eras tão alto", disse Barko, enquanto os dois se abraçavam, na terça-feira.
"Estou muito feliz por estares viva", respondeu Tolver Banks.
O homem contou que o atacante, Joel Cauchi, olhou para ele e abanou a cabeça, como se quisesse dizer que não o ia atacar, antes de esfaquear Barko.
O ex-militar levou rapidamente Barko para uma loja para se refugiar, onde a sua mulher o ajudou a tomar conta dela até à chegada dos socorristas.
"Olhei para ti quando vi o homem esfaquear-te e disse logo para mim mesmo que tinha de te ajudar... Não queria que morresses", disse Tolver Banks à mulher.
"A sua mulher foi a pessoa que me começou a abanar quando comecei a dizer 'quero desistir'... foi ela que (me) disse 'estás a ir muito bem'", relatou Barko. "Para mim... foste o anjo que apareceu no momento certo e no sítio certo", acrescentou.
Liya Barko, cresceu na Ucrânia, mas mudou-se mais tarde para a Argentina. A mulher tinha chegado a Sydney há 18 meses para estudar, ao mesmo tempo que trabalhava como empregada de limpeza.
Recorde-se que Joel Cauchi matou seis pessoas - Jade Young, Yixuan Cheng, Pikria Darchia, Faraz Tahir , Dawn Singleton e Ashlee Good - e deixou outras 12 feridas, antes de ser abatido pela polícia. Joel Cauchi, de 40 anos, tinha uma doença mental, o que afastou uma eventual motivação terrorista. A polícia acredita que o homem poderá ter tido como alvo mulheres.
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