Alan Eugene Miller, o recluso que sobreviveu a uma injeção letal dada em 2022, já tem a data da sua nova - e segunda - execução marcada.

De acordo com documentos a que a CBS teve acesso na quarta-feira, a nova execução acontecerá a 26 de setembro. Para além de Miller ter sobrevivido à execução em questão - depois de ter sido "perfurado" repetidamente durante 1h30 enquanto estava deitado na maca -, há ainda outra questão polémica: é que o homem, de 59 anos, será executado com recurso a gás nitrogénio.

Miller está no corredor da morte desde 2000, o ano seguinte a ter assassinado dois colegas de trabalho e um outro homem. Segundo o que testemunhas explicaram na altura, Miller teria acusado os três homens de "espalharem rumores" sobre ele, sem ser detalhado que tipo de rumores seriam. O tribunal considerou que os crimes foram cometidos de forma especialmente hedionda.

Gás nitrogénio não é estreia, mas quase

Não é a primeira vez que o gás nitrogénio como método de execução vai ser utilizado, tendo sido usado em Kenneth Smith em janeiro passado. O homem, de 58 anos, foi executado desta forma também no estado norte-americano de Alabama, depois de os funcionários não conseguirem garantir um acesso venoso para lhe administrar a injeção letal.

A forma como aconteceu foi muito criticada, tendo a própria vítima dito antes de morrer que o "Alabama deu um passo atrás na humanidade".

A execução foi também criticada pela Organização das Nações Unidas, assim como pela União Europeia.

Já no caso de Miller,  este torna-se assim o primeiro recluso a pedir para ser executado desta forma, tendo as autoridades dado 'luz verde' para a situação.

A condenação à pena de morte já não acontece em muitos países, no entanto, nem todas as condenações acabam por ser efetivadas. Recorde aqui os casos mais polémicos de execuções que não se realizaram e onde, até à última, os detidos ouviram que a sua pena estava "suspensa".  

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