Imagens. Protestos estudantis contra guerra nas universidades italianas

Os protestos estudantis contra a guerra em Gaza estão a espalhar-se em Itália e grupos de universitários montaram tendas hoje na Universidade de Pádua, no nordeste do país, somando-se aos acampamentos de Roma e Bolonha (norte).

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Lusa
10/05/2024 12:15 ‧ 10/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Um grupo de estudantes contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza montou tendas no pátio do Palácio Bo, sede da Universidade de Pádua, onde apela a "um boicote académico" a Israel, segundo os meios de comunicação locais.

"A Itália deve cancelar o acordo de cooperação com Israel no domínio da investigação e desenvolvimento industrial, científico e tecnológico", lê-se num comunicado dos estudantes, em linha com as reivindicações dos acampamentos e protestos a favor da Palestina que se espalharam por universidades em todo o mundo.

Os estudantes universitários exigem também a criação de um fundo de apoio a estudantes, investigadores e professores palestinianos "para que possam continuar a desenvolver a sua atividade académica em instituições de investigação italianas".

O acampamento permanecerá no local até, pelo menos, 15 de maio "com o objetivo de continuar e ampliar a mobilização", acrescentou o comunicado.

Esta semana, grupos de estudantes montaram tendas na praça Scaravilli, em frente à reitoria da Universidade de Bolonha, exigindo "o fim do genocídio" em Gaza, depois de mais de sete meses de ofensiva israelita que já resultou em quase 35 mil mortes, segundo o grupo islamita Hamas.

Durante dias, os estudantes também permaneceram com as suas tendas no jardim em frente à reitoria da Universidade La Sapienza, em Roma, onde apelam ao corte dos laços académicos ou com a indústria militar de Israel.

Em abril, dois estudantes acorrentaram-se na reitoria deste centro universitário com as mesmas reivindicações.

As universidades em Itália têm sido palco de protestos e manifestações de estudantes há meses, que se opõem à renovação de acordos bilaterais entre Itália e Israel, que incluem projetos conjuntos de investigação em tecnologia.

A Universidade de Turim (noroeste) já optou por não colaborar com Israel em novas investigações em eletrónica com "utilização dupla", para fins civis e também militares.

Leia Também: Polícia prende alunos pró-palestinianos no MIT em Boston

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