Egito pede inclusão em processo judicial por risco de genocídio em Gaza

O Governo egípcio anunciou hoje que vai solicitar ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) a sua inclusão no processo contra Israel devido ao risco de genocídio na Faixa de Gaza.

Notícia

© AFP via Getty Images

Lusa
12/05/2024 16:12 ‧ 12/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O Egito anuncia a intenção de intervir formalmente para apoiar o processo da África do Sul contra Israel perante o TIJ para investigar as violações de Israel ao abrigo da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado.

O pedido "surge à luz da gravidade e do alcance dos ataques israelitas contra civis palestinianos na Faixa de Gaza, e da perpetração contínua de práticas sistemáticas contra o povo palestiniano", acrescentou.

Com este anúncio, o Egito marca um ponto de viragem nas suas relações com Israel desde o início do conflito em Gaza, em 07 de outubro de 2024.

Na semana passada, a guerra no Médio Oriente atingiu um momento crítico, quando as forças israelitas assumiram o controlo do lado palestiniano da passagem fronteiriça de Rafah, que faz fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.

Israelitas e egípcio assinaram um tratado de paz em 1979, ao abrigo do qual Israel se retirou da Península do Sinai.

O porta-voz militar israelita, Ofir Gendelman, reconheceu após a ofensiva em Rafah que "Israel está muito consciente da sensibilidade da operação", mas entendeu que "não violou os termos do acordo".

A África do Sul quer que Israel seja declarado como um "Estado de apartheid", tendo apelado ao TIJ que ordene Israel a sair de Rafah.

O Governo sul-africano apresentou na sexta-feira um pedido urgente no TIJ, em Haia, para que imponha novas medidas contra Israel devido à situação que se vive na cidade de Rafah.

Pretória quer que o tribunal volte a modificar as medidas provisórias anunciadas anteriormente no caso relativo à aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza.

Desde dezembro, Pretória tem solicitado medidas adicionais ao tribunal da ONU, acusando Israel de perpetrar um "genocídio" em Gaza, acusação negada por Israel.

Leia Também: Médio Oriente. UE condena ataque de cidadãos israelitas a agência da ONU

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas