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Visita de Putin à China "fortalecerá" a cooperação entre os dois países

A visita do Presidente russo, Vladimir Putin, à China, a convite do seu homólogo chinês, Xi Jinping, reforçará a cooperação entre os dois países, que é crucial para o equilíbrio internacional, declarou hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

Visita de Putin à China "fortalecerá" a cooperação entre os dois países
Notícias ao Minuto

15:48 - 14/05/24 por Lusa

Mundo MNE russo

"Junto com os parceiros chineses, estamos objetivamente interessados em continuar os esforços para liderar uma ordem mundial mais justa e democrática. Estou certo que a próxima visita do Presidente da Rússia à China fortalecerá o nosso trabalho conjunto", declarou Sergei Lavrov no Senado russo.

Lavrov acrescentou que "a Rússia e a China não estão sozinhas nos seus esforços para reformar o sistema internacional, para formar uma ordem mundial multipolar que reflita o peso real dos Estados".

"A dupla Moscovo e Pequim desempenha um papel muito importante na obtenção do equilíbrio no âmbito internacional", disse o ministro russo.

Lavrov observou que o Ocidente "não aceita categoricamente qualquer forma de cooperação em matéria de igualdade de direitos na arena internacional".

Embora Putin tenha anunciado em abril que pretendia visitar a China, a data da sua viagem - a primeira ao estrangeiro após assumir o quinto mandato presidencial - só foi revelada oficialmente hoje.

O Kremlin anunciou que, durante esta visita de Estado, "os líderes da Rússia e da China discutirão em detalhe todo o conjunto de questões da sua parceria abrangente e interação estratégica, definirão as principais direções do futuro desenvolvimento da cooperação russo-chinesa e vão trocar pontos de vista sobre os problemas internacionais e regionais mais importantes".

"Como resultado das conversações, está prevista a assinatura de uma declaração conjunta dos chefes de Estado e de uma série de documentos bilaterais", acrescentou o gabinete do Presidente russo.

A viagem de Putin também ocorre depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter pedido a Pequim, um aliado próximo de Moscovo, no final de abril, que "não ajudasse a Rússia" e não lhe fornecesse componentes que pudessem ser usados na sua guerra contra a Ucrânia.

O gigante asiático negou ter vendido armas à Rússia e garantiu que mantém uma relação comercial "normal" com Moscovo.

Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da guerra na Ucrânia, Xi Jinping e Putin proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre as suas nações.

Desde então, os dois países têm defendido que os seus laços "não ameaçam nenhum país" e que, na verdade, "promovem a multipolarização do mundo".

Após o início da guerra na Ucrânia, os dois líderes reuniram-se duas vezes: em março de 2023, Xi Jinping viajou para a Rússia, e em outubro do mesmo ano, Putin visitou a China.

No total, o Presidente russo viajou à China 19 vezes, dez mais do que o seu homólogo chinês à Rússia, que visitou apenas nove vezes.

Leia Também: Putin em Pequim para "evitar perturbações" no apoio económico chinês

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