Visita de Putin à China "fortalecerá" a cooperação entre os dois países
A visita do Presidente russo, Vladimir Putin, à China, a convite do seu homólogo chinês, Xi Jinping, reforçará a cooperação entre os dois países, que é crucial para o equilíbrio internacional, declarou hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
© Reuters
Mundo MNE russo
"Junto com os parceiros chineses, estamos objetivamente interessados em continuar os esforços para liderar uma ordem mundial mais justa e democrática. Estou certo que a próxima visita do Presidente da Rússia à China fortalecerá o nosso trabalho conjunto", declarou Sergei Lavrov no Senado russo.
Lavrov acrescentou que "a Rússia e a China não estão sozinhas nos seus esforços para reformar o sistema internacional, para formar uma ordem mundial multipolar que reflita o peso real dos Estados".
"A dupla Moscovo e Pequim desempenha um papel muito importante na obtenção do equilíbrio no âmbito internacional", disse o ministro russo.
Lavrov observou que o Ocidente "não aceita categoricamente qualquer forma de cooperação em matéria de igualdade de direitos na arena internacional".
Embora Putin tenha anunciado em abril que pretendia visitar a China, a data da sua viagem - a primeira ao estrangeiro após assumir o quinto mandato presidencial - só foi revelada oficialmente hoje.
O Kremlin anunciou que, durante esta visita de Estado, "os líderes da Rússia e da China discutirão em detalhe todo o conjunto de questões da sua parceria abrangente e interação estratégica, definirão as principais direções do futuro desenvolvimento da cooperação russo-chinesa e vão trocar pontos de vista sobre os problemas internacionais e regionais mais importantes".
"Como resultado das conversações, está prevista a assinatura de uma declaração conjunta dos chefes de Estado e de uma série de documentos bilaterais", acrescentou o gabinete do Presidente russo.
A viagem de Putin também ocorre depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter pedido a Pequim, um aliado próximo de Moscovo, no final de abril, que "não ajudasse a Rússia" e não lhe fornecesse componentes que pudessem ser usados na sua guerra contra a Ucrânia.
O gigante asiático negou ter vendido armas à Rússia e garantiu que mantém uma relação comercial "normal" com Moscovo.
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da guerra na Ucrânia, Xi Jinping e Putin proclamaram em Pequim uma "amizade sem limites" entre as suas nações.
Desde então, os dois países têm defendido que os seus laços "não ameaçam nenhum país" e que, na verdade, "promovem a multipolarização do mundo".
Após o início da guerra na Ucrânia, os dois líderes reuniram-se duas vezes: em março de 2023, Xi Jinping viajou para a Rússia, e em outubro do mesmo ano, Putin visitou a China.
No total, o Presidente russo viajou à China 19 vezes, dez mais do que o seu homólogo chinês à Rússia, que visitou apenas nove vezes.
Leia Também: Putin em Pequim para "evitar perturbações" no apoio económico chinês
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com