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Freiras viram costas à Igreja. Caso envolve convento e bispo excomungado

Freiras queriam ser juridicamente independentes para vender um mosteiro inabitado.

Freiras viram costas à Igreja. Caso envolve convento e bispo excomungado
Notícias ao Minuto

11:23 - 16/05/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

Um grupo de 15 freiras dos conventos espanhóis de Santa Clara de Belorado, em Burgos, e de Ordunã, em Biscaia, decidiram dar um murro na mesa e virar costas à Igreja Católica. O caso está a gerar reboliço no país vizinho e a história tem contornos surpreendentes.

Na origem desta decisão estaria a “perseguição” que, segundo denunciam estas religiosas, sofrem por parte de superiores, párocos, religiosas e sacerdotes, de que é exemplo, segundo a sua declaração, a decisão de Roma em “bloquear” o seu pedido de venda de um convento de que são proprietárias e que se encontra vazio em Derio, na Biscaia, para poderem adquirir o mosteiro de Orduña, pertencente à Diocese de Vitória, com o qual tinham um contrato de compra e venda.

As monjas anunciaram mesmo que estão de relações cortadas com o Vaticano, referindo que não reconhecem legitimidade ao Papa Francisco.

No caso está envolvido também um bispo excomungado, idolatrado por estas freiras. Num comunicado tornado público na segunda-feira pela Irmã Isabel de la Trinidad, a abadessa da comunidade, as freiras proclamaram que a partir de agora estariam sob a tutela e jurisdição de Pablo de Rojas Sánchez-Franco e da sua chamada Pia União Sancti Pauli Apostoli.

Pablo de Rojas Sánchez-Franco é um bispo excomungado em 2019, e que se apresenta como duque imperial e cinco vezes Grão-Duque de Espanha. Segundo um teólogo especialista trata-se de "um personagem megalómano com delírios de grandeza, que combina o eclesiástico e o nobiliárquico, que anda por Bilbau com ornamentos episcopais de outra época e que, neste caso, tudo parece indicar que se aproveitou de uma situação de vulnerabilidade de uma comunidade de freiras para se apresentar às Clarissas como o salvador da própria comunidade e de toda a Igreja Católica”.

Confrontadas por esta situação, alegam que "não estão presas, nem raptadas, nem manipuladas, nem afastadas das suas famílias".

O objetivo das freiras é fazerem parte de uma entidade com direito próprio a gerir os seus assuntos jurídicos. Após a rutura com Roma, deixaram de estar sob a alçada do direito canónico e têm poderes absolutos para vender ou comprar propriedades sem a necessária autorização do Vaticano. Posto isto, esperam assim poder proceder à venda do convento em causa.

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