O pedido de anulação da eleição apresentado pelo seu primeiro-ministro e opositor eleitoral, Succès Masra, que tinha reivindicado a vitória há uma semana e cujo partido tinha qualificado as eleições como uma "farsa", foi rejeitado pelo Supremo Tribunal.
Masra - um dos opositores de Déby Itno, que foi convidado, há quatro meses, para ser primeiro-ministro - ficou em segundo lugar com 18,54% dos votos, anunciou o presidente do Conselho Constitucional, Jean-Bernard Padaré.
Albert Pahimi Padacké, antigo primeiro-ministro, obteve 16,93% dos votos na eleição realizada a 06 de maio.
Em 09 de maio, algumas horas antes do anúncio dos resultados oficiais provisórios, Masra reivindicou "a vitória na primeira volta", de acordo com uma compilação de votos efetuada pelos seus ativistas em todo o país.
Após o anúncio dos resultados provisórios, pelo menos nove pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas e 63 ficaram feridas em Ndjamena, a capital chadiana, por disparos do exército, confirmaram fontes médicas à agência de notícias EFE.
A eleição marca o fim de uma transição militar de três anos e a reposição da normalidade constitucional no país, mas muitos observadores consideram tudo foi preparado para manter no poder a "dinastia" Déby, após a morte do pai de Mahamat, o ditador Idriss Déby Itno, alegadamente derrubado na frente de combate por um grupo rebelde em abril de 2021.
Mahamat Déby foi apoiado desde o início pelo exército, em abril 2021, por uma comunidade internacional - liderada pela França - que se apressou a condenar golpistas noutras partes de África.
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