O dia dos valores tradicionais da família, instaurado pela Igreja Ortodoxa da Geórgia em 2013, foi também celebrado em mais de 20 outras cidades.
Os grupos liberais queixaram-se de que o evento coincide com o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia.
O primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, e o presidente do parlamento, Shalva Papuashvili, estiveram entre os participantes na marcha em Tbilissi, que terminou na Catedral da Trindade, onde Kobakhidze elogiou o evento por "proteger a identidade, a língua e a fé do país".
Em março, o partido Sonho Georgiano, no poder, apresentou um projeto de lei que restringe os direitos das pessoas LGBTQ (Lésbicas, 'Gays', Bissexuais, Transgénero e 'Queer').
Se for aprovado, o projeto de lei proibirá as mudanças de sexo, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e as reuniões que possam ser consideradas como promovendo relações entre pessoas do mesmo sexo.
O Sonho Georgiano também fez aprovar uma lei que obriga os meios de comunicação social e as organizações não-governamentais a registarem-se como "agentes de influência estrangeira" se mais de 20% do seu orçamento for procedente do estrangeiro.
Este diploma desencadeou protestos em massa este mês em Tbilissi, com a oposição a chamar-lhe "lei russa", porque se assemelha a legislação em vigor na Rússia.
A Presidente georgiana, Salome Zurabichvili, afirmou que vai vetar a medida, que, segundo os opositores, seria um obstáculo à candidatura da Geórgia para aderir à União Europeia (UE), mas os seus apoiantes têm mandatos parlamentares suficientes para se sobreporem ao veto.
A tensão na Geórgia em relação a minorias sexuais é forte. No ano passado, centenas de opositores aos direitos dos homossexuais invadiram um festival LGBTQ em Tbilissi, obrigando ao cancelamento do evento.
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