Partido de Lula solidário com Pedro Sánchez após "ataques pessoais"
O Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil, do Presidente brasileiro, Lula da Silva, manifestou hoje solidariedade ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e à sua mulher, após "novos ataques pessoais" feitos durante um evento ultraconservador em Madrid.
© Marcelo del Pozo/Getty Images
Mundo Pedro Sánchez
Na nota de solidariedade divulgada hoje, endereçada a Pedro Sanchez e Begoña Gomez, o PT criticou os "lamentáveis ataques pessoais", que têm como objetivo agudizar uma guerra jurídica, "promover notícias falsas e causar instabilidade política".
Para além disso, frisou o partido brasileiro, a convenção do partido espanhol Vox, de extrema-direita, na qual esteve presente, entre outros, o presidente do Chega, André Ventura, "mostrou que a agenda da extrema-direita se propõe a difundir grande retrocesso ao atentar contra a soberania, a democracia, inclusão da população migrante e as ações para mitigar a mudança climática, além de instigar conflitos inter-religiosos".
Na nota, assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o mais forte partido da esquerda brasileira refere que houve "gravíssimas violações ao direito internacional e aos protocolos diplomáticos" durante o evento em Madrid.
"Reiteramos a importância da nossa unidade e nossa solidariedade ao campo democrático e progressista na Espanha e pelo mundo. Seguimos lutando por um mundo multilateral, justo, democrático, plural, inclusivo e sustentável", frisou o PT.
O socialista Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, disse no final de abril que ponderava demitir-se invocando ataques à família, sobretudo à mulher, baseados em campanhas de desinformação. Passados cinco dias de reflexão, decidiu manter-se no cargo.
A direita radical europeia reuniu-se no fim de semana em Madrid numa convenção do Vox e do grupo Conservadores e Reformistas do Parlamento Europeu, que contou com a presença, entre outros, do espanhol Santiago Abascal, líder do Vox, do português André Ventura (Chega), do Presidente da Argentina, Javier Mileia, da francesa Marine Le Pen (União Nacional), o ex-primeiro-ministro da Polónia Mateuwsz Morawiecki (Lei e Justiça, PiS) e que contou ainda com intervenções por videoconferência dos primeiros-ministros de Itália, Giorgia Meloni (Irmãos de Itália), e da Hungria, Viktor Orbán (Fidesz).
Todas estas forças são consideradas de direita radical, extrema-direita ou nacionalistas conservadoras, com discursos frequentemente qualificados por adversários e académicos como xenófobos, focados na imigração e no controlo de fronteiras, entre outros temas.
Leia Também: Da "mulher corrupta"... à crise. Que se passa entre Espanha e Argentina?
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com