Singapore Airlines reforça regras sobre cintos de segurança após tragédia
Companhia aérea vai adotar uma "abordagem mais cautelosa" após o incidente num voo que provocou um morto e mais de 100 feridos.
© Handout via REUTERS/File Photo
Mundo Singapore Airlines
A Singapore Airlines reforçou as regras relativas aos cintos de segurança nos seus voos, na sequência da morte de um passageiro e mais de 100 outros terem ficado feridos devido à forte turbulência que se fez sentir a bordo de um voo na passada terça-feira.
Alguns passageiros e elementos da tripulação do voo SQ321 sofreram lesões no crânio, no cérebro e na coluna vertebral quando foram projetados violentamente na cabine durante a aterradora experiência pelos céus, conta o jornal The Guardian.
O voo que seguia de Londres e com destino a Singapura - que transportava 211 passageiros e 18 tripulantes - foi obrigado a fazer uma aterragem de emergência em Banguecoque, na Tailândia, devido ao incidente.
Pelo menos 48 pessoas continuam a ser tratadas em unidades hospitalares na capital tailandesa.
Os dados de localização do voo mostram que o Boeing 777-300ER caiu 1.800 metros em poucos minutos. A queda foi tão repentina que muitos dos passageiros revelam que não tiveram tempo de apertar os cintos de segurança.
Neste sentido, a Singapore Airlines afirmou ter adotado uma "abordagem mais cautelosa" relativamente a futuros casos de turbulência.
"Para além da suspensão do serviço de bebidas quentes quando o sinal do cinto de segurança está aceso, o serviço de refeições também será suspenso. A SIA continuará a rever os nossos processos, uma vez que a segurança dos nossos passageiros e tripulação é da maior importância", declarou a transportadora num comunicado enviado à AFP.
Fotografias tiradas no interior do avião após a aterragem de emergência mostram o caos instalado - com comida, bebidas e bagagem espalhadas e máscaras de oxigénio penduradas no teto.
O diretor do hospital Samitivej Srinakarin, para onde foi transportada a maioria dos feridos, revelou que a sua equipa nunca tinha tratado ferimentos tão graves causados pela turbulência.
"Foi uma carnificina, absolutamente surreal"
Um passageiro de nacionalidade australiana, Keith Davis, descreveu a experiência como uma "carnificina".
"Foi uma carnificina absoluta, instantaneamente. Foi absolutamente surreal. Não houve qualquer aviso. Antes de darmos por isso, estávamos no teto. E depois bang, estávamos no chão. E não percebemos o que se está a passar", afirmou em entrevista à emissora Channel 9.
A mulher de Keith sofreu uma grave lesão na coluna vertebral e ficou sem sensibilidade abaixo da cintura, depois de ter batido nas portas da bagagem.
O diretor executivo da Singapore Airlines, Goh Choon Phong, pediu desculpa pela "experiência traumática" e expressou as suas condolências à família da vítima mortal - Geoffrey Kitchen, um homem britânico de 73 anos.
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