Presidente do BEI diz que "sempre houve crises na Europa"
A presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Nádia Calviño, disse hoje que "sempre houve crises na Europa", que acabaram por ser debeladas, referindo que nem sempre olhamos para os pontos fortes da União Europeia (UE), durante um debate, no Porto.
© Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Economia Nadia Calviño
A responsável, que esteve na comemoração dos 70 anos da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, recordou que a UE foi construída nas "cinzas" da segunda guerra mundial e que o mais difícil é construir uma união "bem-sucedida" e lembrou a pandemia, o 'brexit', entre outras. "Sempre houve crises", realçou, destacando que a UE se tornou mais forte.
"Estamos sempre a olhar para as nossas fraquezas e muito poucas vezes olhamos para as forças", lamentou, referindo que a Europa é vista como um exemplo em muitos locais do mundo e em várias áreas.
O debate foi, perto do final, interrompido por um grupo de manifestantes pró-Palestina, questionando financiamentos do banco a Israel e gritando palavras de ordem.
Na sua primeira viagem a Portugal, a presidente do BEI esteve reunida com o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, tendo debatido formas de reforçar o apoio ao país, com investimentos estratégicos, segundo um comunicado divulgado hoje.
A líder do BEI reuniu-se ainda com o ministro da Economia, Pedro Reis, com os presidentes das Câmaras do Porto e de Lisboa e com o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.
Os investimentos da instituição em Portugal vão desde o apoio às PME "em domínios tão diversos como as 'startups' tecnológicas, a educação, a hotelaria ou os cuidados de saúde" até aos grandes projetos de infraestruturas críticas para o país, "como o sistema de prevenção de inundações de Lisboa, o novo Hospital Oriental de Lisboa, a melhoria do acesso marítimo ao Porto de Leixões ou a habitação a preços acessíveis em Loures", disse o BEI.
O BEI lembrou ainda que apoiou "a transição para um modelo energético mais sustentável e seguro, através de projetos de energia eólica como o WindFloat Atlantic, de centrais fotovoltaicas ou da modernização da rede elétrica do país".
No ano passado, o grupo BEI "concedeu 2,1 mil milhões de euros em financiamento a projetos em Portugal", lembrou o Governo, por sua vez, "o que representa um aumento de mais de 25% em relação ao ano anterior", sendo que "cerca de metade deste financiamento destinou-se a PME".
O BEI já assegurou mais de 56 mil milhões de euros para financiamento de projetos desde o início da sua atividade em Portugal.
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