Num discurso em Córdoba (centro do país) no Dia Nacional da Pátria, Milei estendeu "fraternalmente" a mão aos governadores provinciais -- todos da oposição -, e sobretudo locais, a quem reiterou o apelo para abraçarem uma "lei de bases" e um pacote fiscal, promovidos pelo seu Governo para minimizar a presença do Estado na economia do país.
Milei aludiu ao seu discurso de 01 de março perante o Congresso, no início das sessões ordinárias, no qual - afirmou hoje - ofereceu "sem revanchismo nem ressentimento" aos governadores provinciais um acordo para defender "os princípios que fizeram" ao país.
"Não pode haver nenhuma causa legítima para se opor à tarefa sagrada de reconstruir a nação, não há especulação ou ambição que justifique o empobrecimento da nossa nação", argumentou o líder ultraliberal no apelo ao apoio político destinado à aprovação da Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos - mais conhecida como "lei de bases" ou "lei omnibus" -- e o pacote fiscal, ambos em tramitação parlamentar.
Milei associou ainda à aprovação dos dois regulamentos uma "redução significativa dos impostos", a começar pelo chamado imposto PAIS, que o Presidente descreveu como "distorcedor" e "que prejudica a produção e o crescimento económico".
O imposto para uma Argentina Inclusiva e Solidária (PAIS) foi criado em 2019, durante a gestão do Governo peronista de Alberto Fernández (2019-2023), para taxar a compra de moeda estrangeira.
Segundo Milei, "será difícil para os cofres", mas o seu Governo assumiu "um compromisso com o povo argentino" e, por isso, avançará na luta por "retirar o peso do Estado dos bons argentinos".
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