Orbán disse que reexaminou os documentos relativos às negociações entre Hitler e o antigo chefe de Governo húngaro Miklos Horthy, na altura da Segunda Guerra Mundial, e encontrou alguns paralelismos com o que está a acontecer na atualidade em relação à guerra na Ucrânia.
"A Hungria estava então sob enorme pressão para enviar mais soldados para a frente de batalha, o mais rápido possível, e para deportar mais judeus para os campos de extermínio", explicou o primeiro-ministro húngaro.
"Não estou a dizer que o que estamos a viver atualmente atingiu o mesmo nível. Mas estamos a caminhar nessa direção", defendeu Orbán, o único líder de um país da União Europeia (UE) que manteve relações bilaterais estreitas com a Rússia, apesar da invasão da Ucrânia.
Orbán também condenou a decisão de várias diplomacias ocidentais, que acusa de estarem sob pressão da NATO, de permitir que Kiev utilize as armas fornecidas contra alvos na Rússia.
"Os russos declararam que quanto mais eficientes fossem as armas usadas contra eles, mais avançariam", lembrou o chefe do Governo húngaro.
"O avanço russo está, portanto, também ligado ao tipo de armas utilizadas pelos ucranianos para atingir o território russo", argumentou Orbán.
E frisou ainda: "É um absurdo que a NATO, em vez de nos proteger, nos arraste para um conflito global. É tão absurdo como se um bombeiro decidisse apagar incêndios recorrendo a um lança-chamas".
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
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