Partido de Jacob Zuma anuncia que vai contestar resultados eleitorais
O partido umKhonto weSizwe (MKP) do ex-Presidente Jacob Zuma vai contestar os resultados das eleições de quarta-feira alegando irregularidades no processo eleitoral, anunciou na noite de hoje o responsável eleitoral do partido.
© Reuters
Mundo África do Sul
Em declarações aos jornalistas no centro de resultados eleitorais da Comissão Eleitoral Independente (IEC), em Joanesburgo, Muzi Ntshingila declarou que "o partido vai contestar o processo, que foi irregular".
"Nós não reconhecemos os resultados", afirmou.
O responsável do partido MKP, dissidente do ANC Governante, anunciou a decisão pouco depois das 00:15 locais (11:15 em Lisboa), quando estavam declarados 91.62% dos círculos eleitorais, com um total de 14 014 075 votos validados.
Segundo os resultados parciais divulgados pela comissão eleitoral sul-africana, o MKP é neste momento a terceira força política mais votada nas eleições de quarta-feira com 13,81% dos votos auditados, depois do Aliança Democrática (DA), com 21,64%, e do ANC Governante, com 40,98%, que está à beira de perder a maioria absoluta.
Em declarações à Lusa, Muzi Ntshingila explicou depois que a decisão do MK é a de contestar "todo o processo [eleitoral] incluindo os resultados".
"Não reconhecemos os resultados porque o processo foi irregular, houve infrações e várias transgressões no processo, e por isso os resultados não serão um reflexo verdadeiro do que teria sido o resultado real do voto dos sul-africanos", salientou sem avançar detalhes.
"O resultado real do processo deve ser uma projeção dos interesses, circunstâncias e demandas dos sul-africanos, pessoas que saíram para votar num governo da sua escolha que agora está a ser manipulado", adiantou Muzi Ntshingila.
Questionada pela Lusa, fonte da Comissão Eleitoral Independente (IEC) sul-africana indicou que fará uma "determinação" após receber a objeção formal da parte do novo partido de Jacob Zuma.
"O partido ainda não emitiu uma declaração formal, mas há um processo a seguir, não comentamos se as pessoas acham que é irregular ou não, há um processo (...) para apresentarem objeções e esse é o processo que precisam de seguir, e a Comissão tomará uma decisão com base nas evidências apresentadas e na substância das acusações ou alegações, e fará uma determinação a partir daí", declarou à Lusa a vice-CEO da Comissão Eleitoral sul-africana, Akhtari Henning.
Leia Também: Ex-PR sul-africano Zuma critica TC por o impedir de concorrer às eleições
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com