Desmantelada rede que roubou identidade de mais de 700 pessoas

A organização criminosa amealhou quase um milhão de euros com o esquema.

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© Eduardo Sanz/Europa Press via Getty Images

Notícias ao Minuto
02/06/2024 18:29 ‧ 02/06/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

Pelo menos 39 pessoas foram detidas durante uma operação conjunta da Guardia Civil e dos Mossos d'Esquadra, que desmantelaram uma organização criminosa que amealhou quase um milhão de euros à custa de mais de 700 vítimas, cujos documentos de identidade roubaram, na zona de Tarragona, em Espanha.

As forças de segurança detalharam, este domingo, que o número de vítimas poderá aumentar, uma vez que muitas desconheciam estar em listas de devedores.

A investigação começou em 2023, depois de as autoridades terem dado conta de um aumento significativo de assaltos e de roubos de identidade em várias zonas da costa da Catalunha, noticiou a agência EFE.

Em novembro esse ano, a Guardia Civil e os Mossos identificaram a existência de uma organização criminosa que comprava dados obtidos por terceiros, através do furto físico do documento de identificação da vítima ou de fotografias, levados a cabo por membros que trabalhavam em locais de lazer de Tarragona e Reus.

Depois, a rede solicitava créditos com os dados roubados, apresentando recibos e certificados bancários falsificados.

Com recurso a contas bancárias falsas, a organização pediu empréstimos entre os três mil e os cinco mil euros e comprou telefones topo de gama e outros produtos tecnológicos de luxo online.

Registaram-se ainda para obter cartões de crédito em alguns sites, que usavam em casinos, multibancos e outros serviços.

Os produtos de luxo adquiridos eram enviados para determinados locais e recolhidos em todo o território nacional por outros membros da organização. No caso dos telemóveis, foram vendidos em lojas de Reus e Tarragona com a conivência dos seus proprietários, que receberam dinheiro.

Em alguns casos, para obter financiamento rápido, a organização contava com um colaborador que trabalhava para uma grande companhia telefónica e que era responsável por garantir que a documentação fornecida pela rede fosse aprovada e processada.

Em 2023, a entidade enfrentou problemas para obter financiamento em algumas empresas da Catalunha e viu-se obrigada a mudar-se para Valência e Saragoça.

Em novembro desse ano, 19 pessoas foram detidas por diversos crimes de burla e falsificação de documentos, tendo sido realizadas sete buscas que resultaram em 121 infrações.

Numa segunda fase, foram identificadas e detidas outras 20 pessoas, que foram presentes ao tribunal de Reus, e foram apurados 267 factos denunciados aos Mossos, 38 dos quais correspondiam a crimes cometidos no campo Baix e em Priorat.

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