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Moção da oposição conservadora eslovena adia reconhecimento da Palestina
A oposição conservadora na Eslovénia apresentou uma moção para impedir a votação parlamentar sobre o reconhecimento oficial do Estado da Palestina, marcada para terça-feira, informou hoje uma porta-voz do parlamento.
© iStock
Mundo Médio Oriente
O Partido Democrático Esloveno (SDS), liderado pelo ex-primeiro-ministro Janez Jansa, apela à realização de um referendo consultivo sobre o decreto de reconhecimento, atrasando assim a votação em pelo menos um mês.
O parlamento esloveno deve agora votar esta proposta na sua próxima sessão, que apenas acontece no dia 17 de junho e, caso seja rejeitada - o que é muito provável - poderá retomar o processo normal de votação sobre o Estado da Palestina, em princípio, no dia 08 de julho.
O Governo esloveno enviou o decreto para o parlamento para aprovação na semana passada, acelerando o procedimento que originalmente deveria estar concluído em meados de junho, algumas semanas depois de Espanha, Irlanda e Noruega terem formalizado o reconhecimento do Estado da Palestina.
Esta votação deveria ser uma formalidade, já que basta uma maioria simples para aprovar o texto e a coligação de centro-esquerda no poder em Ljubljana detém 51 dos 90 lugares no parlamento.
Contudo, Janez Jansa -- que num passado recente foi próximo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu - opõe-se categoricamente a esta decisão.
Já o primeiro-ministro esloveno, o liberal Robert Golob, acredita que este reconhecimento "transmite uma mensagem de paz".
"Acreditamos que chegou a hora de toda a gente unir esforços para uma solução de dois Estados que traga a paz ao Médio Oriente", explicou o chefe de Governo esloveno.
Na semana passada, o Governo de Israel disse esperar que o parlamento da Eslovénia rejeitasse a recomendação do Governo de reconhecer um Estado palestiniano, alegando que tal seria "uma recompensa para o Hamas".
Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram formalmente o Estado da Palestina no passado dia 28 de maio, juntando-se a mais de 140 países que já o fizeram em todo o mundo, num momento em que Israel tem em curso, desde outubro, uma ofensiva militar na Faixa de Gaza, enclave palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007.
Leia Também: Israel acusa Eslovénia de "recompensar Hamas" ao reconhecer Palestina
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