EUA querem que Conselho de Segurança da ONU apoio plano de paz em Gaza

Os Estados Unidos vão apresentar um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU para apoiar o acordo de cessar-fogo em Gaza, apresentado pelo Presidente Joe Biden, e apelar ao Hamas para que o aceite.

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Lusa
04/06/2024 06:22 ‧ 04/06/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, adiantou na segunda-feira, em comunicado, que os norte-americanos "distribuíram um novo projeto de resolução do Conselho de Segurança que apoia a proposta em cima da mesa para parar os combates em Gaza através de um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns".

"Muitos líderes e governos, inclusive na região, apoiaram este plano e apelamos ao Conselho de Segurança para se juntar a eles no apelo à implementação deste plano sem demora e sem novas condições", sublinhou.

"O Conselho de Segurança deve insistir no facto de que o Hamas deve aceitar este plano", acrescentou Thomas-Greenfield, estimando que os membros do Conselho já concordam com as linhas principais do acordo: libertação de reféns, cessar-fogo, aumento da ajuda humanitária, reconstrução a longo prazo de Gaza.

O Governo norte-americano defendeu na segunda-feira a proposta anunciada pelo Presidente Joe Biden, que tem sido criticada por membros do executivo do primeiro-ministro israelita.

Netanyahu, que tem insistido que quer uma "vitória total" sobre o Hamas, evitou comprometer-se na segunda-feira com a proposta de trégua e garantiu que o plano detalhado na sexta-feira passada por Biden estava incompleto.

Mas na segunda-feira, a Casa Branca (presidência norte-americana) e Joe Biden indicaram que a adoção do plano dependia agora apenas do Hamas.

O Hamas, por sua vez, indicou ter recebido positivamente a proposta anunciada por Biden.

De acordo com Joe Biden, Israel teria proposto ao Hamas uma primeira fase de um cessar-fogo de seis semanas em que as tropas se retirariam das zonas povoadas de Gaza e vários prisioneiros palestinianos seriam libertados em troca da libertação de mulheres, idosos e feridos raptados.

A segunda fase consistiria no fim permanente das hostilidades e na libertação dos restantes reféns, enquanto a terceira e última fase seria dedicada à reconstrução de Gaza.

Na semana passada, a Argélia distribuiu um projeto de resolução no Conselho de Segurança a exigir um cessar-fogo imediato e o fim da ofensiva israelita em Rafah, destacando a ordem nesse sentido do Tribunal Internacional de Justiça.

Os Estados Unidos estimaram na altura que essa resolução "não ajudaria" ao fim da guerra, privilegiando as negociações no terreno para alcançar uma trégua.

Nenhuma votação está agendada nesta fase em nenhum dos projetos de resolução, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Desde o ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro contra Israel e a guerra das forças israelitas em Gaza, o Conselho de Segurança tem tido dificuldades para falar a uma só voz.

Leia Também: Palestina pede para se juntar no TIJ a ação que acusa Israel de genocídio

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