"A greve foi suspensa por uma semana para permitir a conclusão das negociações", declarou um dos principais sindicatos, o Congresso Nigeriano do Trabalho (NLC), na rede X, hoje à tarde.
Outro sindicato, o Congresso da União dos Sindicatos (TUC), também confirmou esta suspensão.
Na segunda-feira, os sindicatos lançaram uma greve geral que foi amplamente seguida, paralisando o país.
A rede elétrica nacional foi cortada, provocando apagões em todo o país, os voos domésticos foram suspensos, muitas escolas foram encerradas, assim como as repartições públicas, os portos e muitas bombas de gasolina.
O salário mínimo está atualmente fixado em 30.000 nairas (cerca de 20 euros).
O NLC e o TUC apelaram aos trabalhadores para não irem trabalhar depois de o Governo ter recusado aumentar o salário mínimo para mais de 60.000 nairas (cerca de 41 euros) por mês, segundo os meios de comunicação social locais, sendo que o valor pedido pelos sindicatos era de 494.000 nairas (cerca de 300 euros).
Porém, segunda-feira à noite o Governo aceitou ir além das 60.000 nairas.
Os sindicatos protestavam também contra o aumento das tarifas de eletricidade, na sequência de uma das reformas económicas introduzidas pelo Presidente, Bola Ahmed Tinubu.
Desde que chegou ao poder, há um ano, Tinubu acabou com os subsídios aos combustíveis e com o controlo cambial, o que levou a uma triplicação dos preços da gasolina e a um aumento do custo de vida, uma vez que a naira caiu em relação ao dólar.
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