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Eslovénia é o mais recente país a reconhecer Estado da Palestina

A Eslovénia reconheceu hoje oficialmente o Estado da Palestina, depois do Parlamento ter votado a favor da medida, seguindo os passos de três outros países europeus, Espanha, Noruega e Irlanda.

Eslovénia é o mais recente país a reconhecer Estado da Palestina
Notícias ao Minuto

22:06 - 04/06/24 por Lusa

Mundo Eslovénia

O Governo da Eslovénia tinha aprovado, na semana passada, uma moção para reconhecer um Estado palestiniano e enviou a proposta ao Parlamento para aprovação final, necessária para que a decisão entrasse em vigor.

O Parlamento aprovou hoje a proposta com 52 votos a favor e nenhum contra, numa câmara de 90 lugares. Os restantes deputados não estiveram presentes para a votação.

A coligação no poder decidiu forçar a sua tomada de posição e rejeitar uma moção da oposição, que boicotou a sessão com exceção a um deputado, que se absteve, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O Partido Democrático Esloveno (SDS) do ex-primeiro-ministro Janez Jansa tinha apresentado na segunda-feira uma proposta destinada a organizar um referendo consultivo.

Esta manobra deveria atrasar a votação durante 30 dias, segundo as regras parlamentares.

Mas, contra todas as expectativas, a presidente do Parlamento, Urska Klakocar Zupancic, estimou hoje que a oposição tinha "abusado do mecanismo de referendo", afirmando que o prazo de 30 dias só se aplicava a projetos de lei e não a decretos.

Durante uma sessão caótica de seis horas, interrompida várias vezes por questões processuais, a moção foi rejeitada por uma ampla maioria e depois o decreto foi aprovado.

Jansa já tinha acusado a coligação de centro-esquerda no poder de "violar o procedimento", deixando a câmara juntamente com os deputados do seu partido.

O Governo tinha enviado o decreto ao Parlamento para aprovação na semana passada, acelerando o procedimento para ratificar a decisão antes das eleições europeias de domingo.

Um cálculo político denunciado por Janez Jansa, próximo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

De acordo com o texto da sua moção, tal reconhecimento "causa danos a longo prazo à Eslovénia ao apoiar a organização terrorista Hamas".

Pelo contrário, o primeiro-ministro liberal Robert Golob acredita que esta decisão "transmite uma mensagem de paz".

"Acreditamos que chegou a hora de todo o mundo unir forças para uma solução de dois Estados que traga a paz ao Médio Oriente", sublinhou.

A decisão da Eslovénia ocorre dias depois de Espanha, Noruega e Irlanda terem reconhecido um Estado palestiniano, iniciativa que foi condenada por Israel.

Anteriormente, apenas sete membros dos 27 países da União Europeia reconheciam oficialmente um Estado palestiniano.

Cinco destes são países do antigo bloco de Leste que anunciaram o reconhecimento em 1988, tal como Chipre, antes de aderirem à UE. O reconhecimento da Suécia surgiu em 2014.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também 251 reféns, 120 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 242.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 36.550 mortos, mais de 83.000 feridos e cerca de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após quase oito meses de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

[Notícia atualizada às 23h40]

Leia Também: "Nós temos que reconhecer também de imediato o Estado da Palestina"

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