Além do auxílio militar à Ucrânia "a longo prazo", a França pretende prestar "o seu apoio político e diplomático", de acordo com a Presidência francesa.
Antes do encontro na Suíça, no qual a Ucrânia espera obter um amplo apoio internacional, estabelecendo as condições que considera necessárias para acabar com a invasão russa, os presidentes francês e ucraniano vão assinar na sexta-feira dois acordos no valor de 650 milhões de euros
Segundo o Eliseu, Emmanuel Macron reunir-se-á na sexta-feira em Paris com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os dois líderes vão assinar um novo acordo bilateral, que prevê empréstimos e doações à Ucrânia para apoiar as autoridades locais e infraestruturas críticas, sobretudo as energéticas.
O primeiro acordo deverá permitir dotar a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) de "fundos provisórios de 400 milhões de euros em empréstimos e 50 milhões em doações até 2027" para "expandir as suas atividades na Ucrânia".
Isto permitirá à AFD "utilizar toda a sua gama de instrumentos (...) para intervir em apoio das autoridades locais ucranianas, em coordenação e complementaridade com os doadores já presentes na Ucrânia", explicou o Eliseu.
As áreas prioritárias de intervenção serão os setores da energia e dos transportes, com apoio ao "desenvolvimento de capacidades administrativas".
O segundo acordo diz respeito à criação de um fundo de apoio a infraestruturas críticas, dotado de 200 milhões de euros "para apoiar as empresas francesas em futuros concursos (...) nas áreas da energia, transportes, água e saneamento, saúde e agricultura.
"Estes fundos serão utilizados para financiar projetos importantes, para reforçar ou complementar infraestruturas energéticas deficientes", que são particularmente visadas pelos bombardeamentos intensivos das forças de Moscovo.
Nos dias 15 e 16 de junho, Macron e Zelensky são esperados na Suíça, onde mais de uma centena de países, incluindo Portugal, e organizações comprometeram-se a participar na cimeira de paz, de acordo com Kyiv, que apelou aos países da região Ásia-Pacífico a aderirem, apesar da ausência da Rússia e da China.
Alguns líderes, incluindo o Presidente norte-americano, Joe Biden, já fizeram saber que não se deslocarão à Suíça, embora os Estados Unidos sejam representados pela vice-Presidente, Kamala Harris.
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