"A partir de amanhã [sexta-feira], vamos lançar um programa de formação de pilotos e a transferência destes aviões", disse Emmanuel Macron em entrevista à France 2 e TF1, referindo que o objetivo é "formar 4.500 soldados ucranianos (...) equipá-los e formá-los" até ao final do ano, sem a intenção de provocar uma escalada no conflito com a Rússia.
O Presidente francês não especificou o número de aviões de combate franceses que serão enviados para a Ucrânia com esta "nova cooperação", que "permitirá à Ucrânia proteger o seu solo e o seu espaço aéreo".
Questionado sobre o envio de instrutores militares para a Ucrânia, Emmanuel Macron considerou que "não deve haver tabu sobre este assunto", já que "o solo ucraniano é soberano".
"Não se trata de ir treinar na zona de combate, mas quando a Ucrânia enfrenta um desafio, devemos responder como sempre fizemos", defendeu.
O chefe de Estado francês encontrou-se hoje com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na comemoração dos 80 anos do desembarque das tropas aliadas na Normandia, na França, que deu início à operação militar decisiva para o fim da Segunda Guerra Mundial, num momento em que a Europa tem como pano de fundo uma guerra.
"Hoje, a Ucrânia é uma nação que está a resistir e, ao fazê-lo, a Rússia traiu um pouco a mensagem da Libertação e do Dia D", continuou Macron, repetindo que "a paz não pode ser a capitulação da Ucrânia".
A Rússia, convidada há 10 anos e antiga aliada dos Estados Unidos e do Reino Unido contra a Alemanha nazi, foi formalmente excluída das cerimónias pela organização devido à invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
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