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Europeias. Extrema-direita e centro-esquerda empatados nos Países Baixos

O partido de extrema-direita de Geert Wilders e uma aliança de centro-esquerda estavam hoje empatados nas eleições neerlandesas para o Parlamento Europeu, de acordo com uma sondagem à boca das urnas.

Europeias. Extrema-direita e centro-esquerda empatados nos Países Baixos
Notícias ao Minuto

21:20 - 06/06/24 por Lusa

Mundo Europeias

A lista de centro-esquerda formada pelos Verdes e social-democratas, GL-PvdA, liderada por Frans Timmermans, terá conquistado oito dos 31 lugares correspondentes aos Países Baixos no Parlamento Europeu, que tem um total de 720 membros para mandatos de cinco anos.

Já o Partido para a Liberdade (PVV), de Geert Wilders, está perto, alcançando 7 lugares, 6 a mais do que detém atualmente, de acordo com a sondagem à boca das urnas a cerca de 20 mil eleitores publicada pela emissora nacional NOS.

Os resultados oficiais só serão conhecidos no domingo à noite, no encerramento da última mesa de voto da União Europeia (UE), o que deixa em aberto a possibilidade de estes dois grupos políticos trocarem alguns lugares.

As sondagens sugerem, no entanto, que são os partidos com maior representatividade e será um grande ganho de lugares para a direita radical de Wilders, uma vez que atualmente só tinha um assento.

Wilders causou choque por toda a Europa há seis meses, ao tornar-se o maior partido no parlamento nacional neerlandês e tenta agora aproveitar essa popularidade, sendo que a sua agenda apela para que os poderes sejam devolvidos às capitais e afastados da União Europeia (UE), para que os Estados-membros tenham mais autonomia em questões como a migração.

Tal como muitos partidos de extrema-direita em todo o bloco, Wilders quer obter mais poderes no Parlamento Europeu, para poder enfraquecer as instituições da UE a partir de dentro, segundo a agência Associated Press (AP).

"É necessário ter uma presença forte no Parlamento Europeu e garantir que, se necessário, seremos capazes de alterar as orientações europeias para podermos ser responsáveis pela nossa própria política de imigração e política de asilo", frisou Wilders depois de votar em Haia.

Wilders, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e a líder da oposição francesa, Marine Le Pen, contrastam fortemente com grande parte da esquerda e de muitos partidos de centro, que apelam a uma abordagem europeia mais unida em tudo, desde medidas relativas às alterações climáticas até à defesa, argumentando que as nações individuais só têm uma voz fraca no cenário global.

Desde as últimas eleições na UE, em 2019, partidos populistas, de extrema-direita e extremistas lideram agora governos em três países da UE, fazem parte de coligações governativas em vários outros e parecem ter um apoio público crescente em todo o continente.

Em Portugal, o Chega quadruplicou nas eleições legislativas de março o número de deputados eleitos face às últimas eleições legislativas, em 2022, e ultrapassou um milhão de votos, o que levou o presidente do partido a falar num "resultado histórico".

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