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Polícia sueca detém ativistas pró-palestinianos que ocupavam universidade

A polícia sueca deteve hoje 19 ativistas pró-palestinianos que se barricaram na principal universidade de investigação e ensino técnico de Estocolmo.

Notícias ao Minuto

19:46 - 07/06/24 por Lusa

Mundo Estocolmo

Após duas horas, a polícia retirou os ativistas do terceiro piso do edifício do Instituto Real de Tecnologia da capital sueca. De acordo com a polícia, deverão ser indiciados por invasão de propriedade e desobediência.

A pressão internacional sobre Israel tem vindo a acentuar-se nos últimos meses perante o número de vítimas civis -- que atinge várias dezenas de milhares - registado desde que iniciou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza com o objetivo de aniquilar o grupo islamita palestiniano Hamas, que controla o enclave desde 2007.

Hoje, por volta do meio-dia, ativistas bloquearam a entrada do edifício estudantil (KTH) em Estocolmo com cadeiras e mesas. Alguns ecoaram frases de ordem como "Liberdade para a Palestina" e agitaram pelas janelas bandeiras palestinianas.

Apoiantes dos ativistas e um forte contingente policial, incluindo equipas com cães e polícia montada à cavalo, deslocaram-se para o exterior do KTH, situado a norte do centro de Estocolmo, segundo relatou a agência noticiosa Associated Press (AP).

Na rede social Instagram, os ativistas referiram que ocuparam o edifício para pressionar o KTH a terminar a colaboração com universidades israelitas.

Esta escola define-se como a maior instituição de ensino técnico e de investigação na Suécia e é considerada uma universidade de referência de ensino técnico a nível internacional.

Na semana passada, diversos ativistas pró-palestinianos tinham sido brevemente detidos na sequência de uma manifestação não autorizada no exterior do KTH.

Nos últimos meses, ações policiais nos Estados Unidos e na Europa têm removido pela força acampamentos e barricadas onde manifestantes pró-palestinianos mantinham bloqueadas as entradas e outros pontos de acesso de diversas universidades.

Na capital dinamarquesa, ativistas que montaram tendas no recinto da Universidade de Copenhaga foram expulsos pela polícia e muitos dirigiram-se para o largo da Câmara municipal, onde montaram um novo acampamento e exigem que a Dinamarca boicote a venda de armamento a Israel.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo Telavive.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já provocou mais de 36 mil mortos e uma grave crise humanitária no território, de acordo com as autoridades tuteladas pelo Hamas, grupo classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia.

Na quinta-feira, Israel bombardeou uma escola da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) no centro de Gaza que albergava deslocados, provocando cerca de 40 mortos, incluindo pelo menos 12 mulheres e crianças, de acordo com as autoridades de saúde locais.

Os militares israelitas disseram que militantes do Hamas estavam no interior da escola.

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