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Israel diz ter visado base do Hamas em ataque condenado por Egito e Qatar

O Exército israelita revelou hoje a identidade de oito supostos combatentes do Hamas e Jihad Islâmica que morreram num ataque contra uma "base" que funcionaria numa escola da agência da ONU UNRWA, condenado por Egito e Qatar.

Israel diz ter visado base do Hamas em ataque condenado por Egito e Qatar
Notícias ao Minuto

20:13 - 07/06/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"A direção de informações das Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet confirmaram as identidades de mais oito terroristas que foram eliminados num ataque preciso contra uma base de operações numa escola da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina] em Nuseirat na manhã de quinta-feira", indicou o Exército israelita.

Um dos militantes participou dos ataques de 07 de outubro perpetrados por Hamas e Jihad Islâmica contra comunidades do sul de Israel, acrescentou.

Israel já revelou a identidade de outros nove milicianos, horas depois do ataque na madrugada de quinta-feira contra a escola em Nuseirat, onde morreram cerca de 40 pessoas, incluindo 14 crianças, segundo o governo local do Hamas.

Os supostos milicianos cuja identidade foi revelada hoje são seis membros do Hamas - Ahmad Abu Mhimar, Maher Mahmud Fadel, Jamil Magadama, Magd Atef Darwish, Mazen Hassan Abu Zaher e Moatesem Shakra -; além de um da Jihad, Shahin Abu Sharif, e Said Ahmad Issa, "terrorista" sem afiliação confirmada.

O Exército identificou na quinta-feira sete membros da Jihad Islâmica e dois do Hamas, a maioria deles da unidade de elite Nukhba.

Israel assegurou que naquela escola havia cerca de "20 ou 30 operacionais do Hamas e da Jihad", que planeariam ataques contra as suas tropas, e que o ataque foi realizado com base em informações para minimizar os danos contra civis.

Desde quinta-feira, a investigação confirmou a identidade de 17 supostos combatentes mortos nesse ataque na escola onde se refugiavam cerca de 6.000 pessoas e que ocorreu sem aviso prévio, segundo denunciou a UNRWA.

Apesar da condenação internacional, Israel bombardeou nesta sexta-feira outra escola da UNRWA no campo de refugiados de Shati, na cidade de Gaza, onde morreram três pessoas - todas "terroristas" segundo o Exército - elevando a 150 os centros educativos da ONU atacados desde que começou a guerra.

No Cairo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, Ahmed Abu Zeid, condenou hoje as "violações israelitas dos direitos dos palestinianos".

Através da rede social X, Zeid condenou o "bombardeamento deliberado" da escola da UNRWA em Nuseirat, frisando que face a este novo "massacre", o "Egito não deixará de condenar estas práticas vergonhosas e trabalhará arduamente com os seus parceiros regionais e internacionais para proteger os direitos dos palestinianos até que seja estabelecido um Estado palestiniano independente com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital".

Termos semelhantes foram utilizados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, que juntamente com o Egito é o principal mediador entre Israel e os islamitas palestinianos do Hamas e que está atualmente a redobrar os esforços para retomar as conversações indiretas para uma trégua na Faixa de Gaza.

Doha qualificou o ataque como "um massacre horrível, um crime horrível contra civis indefesos e uma violação flagrante dos princípios do direito internacional e do direito humanitário internacional", apelando a uma investigação independente sobre o bombardeamento israelita de escolas e abrigos em Gaza.

A condenação surge quando Egito e Qatar aguardam a resposta do Hamas à proposta de trégua israelita anunciada há uma semana pelo Presidente norte-americano Joe Biden, que inclui a cessação sustentada dos combates e a troca de reféns.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, que causou quase 1.200 mortos e deixou cerca de 250 reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.

A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 36 mil mortos e uma grave crise humanitária no enclave palestiniano, de acordo com as autoridades locais tuteladas pelo Hamas.

Leia Também: Netanyahu diz que exército israelita é "o mais moral do mundo"

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