A Rússia tem reforçado a sua posição conservadora desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, tomando especialmente como alvo as pessoas LGBT+ (Lésbicas, 'Gays', Bissexuais, Transgénero e outras) e apresentando-se como um baluarte moral contra um Ocidente que considera decadente.
Falando perante dirigentes russos e estrangeiros no Fórum Económico de São Petersburgo, Putin assegurou hoje que o seu país está "prestes a tornar-se o detentor da cultura" tradicional europeia.
Tal cultura "está a ser morta nos países europeus, mas atualmente muitos europeus estão conscientes dessa realidade e estão a tentar desenvolver-se com base nos valores tradicionais", prosseguiu o Presidente russo.
"Veremos se eles são bem-sucedidos ou não, com o resultado das eleições para o Parlamento Europeu", acrescentou.
A Rússia é suspeita de levar a cabo campanhas de destabilização e desinformação em vários países europeus, entre os quais França, Alemanha e Polónia.
As sondagens preveem uma ascensão da extrema-direita nestas eleições iniciadas na quinta-feira nos Países Baixos e em curso até domingo nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), em que cerca de 361 milhões de eleitores são chamados às urnas para escolher 720 deputados do Parlamento Europeu. Portugal elegerá 21 eurodeputados no domingo.
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