Israel prorroga proibição à Al Jazeera, citando preocupações de segurança
A agência de notícias continua sem poder operar no país.
© KARIM JAAFAR/AFP via Getty Images
Mundo Al Jazeera
O regulador de telecomunicações israelita prorrogou a proibição aplicada à agência de notícias Al Jazeera por mais 45 dias, continuando a impedi-la de operar no país, segundo a agência Reuters.
A Al Jazeera, por sua vez, argumentou que não incitou à violência nem ao terrorismo, e que a proibição é desproporcional.
A decisão foi tornada oficial este domingo, alegando o regulador preocupações de segurança nacional.
"Não permitiremos que o canal terrorista Al Jazeera transmita a partir de Israel e coloque em perigo os nossos combatentes. À luz da gravidade dos danos à segurança do Estado, estou convencido de que as ordens de encerramento também serão prorrogadas no futuro", disse o ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi.
Num processo separado, a Al Jazeera apelou da decisão junto do Supremo Tribunal israelita, que descreveu a decisão contra a agência de notícias como uma que "estabelece um precedente".
O tribunal deu ao governo de Israel até 8 de agosto para apresentar argumentos sobre o caso, principalmente sobre o porquê de não se considerar nula "a lei que impede uma emissora estrangeira de prejudicar a segurança nacional".
O governo israelita decidiu, no início de maio, proibir as emissões do canal Al Jazeera do Qatar em Israel. A decisão teve por base uma aprovada em abril pelo parlamento, que permite ao governo mandar encerrar meios de comunicação social estrangeiros.
A chamada 'Lei Al Jazeera' confere ao ministro das Comunicações de Israel o poder de ordenar aos fornecedores de conteúdos, por um período renovável de 45 dias, que deixem de emitir a partir do país.
Tem também poder para mandar encerrar os escritórios dos operadores estrangeiros, confiscar equipamento e bloquear o servidor das respectivas páginas na Internet.
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