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Bangladesh indicia vencedor do Nobel Muhammad Yunus por fraude

Um tribunal especial do Bangladesh indiciou hoje o vencedor do Nobel Muhammad Yunus e outras 13 pessoas no âmbito de um caso de fraude de mais de dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros).

Bangladesh indicia vencedor do Nobel Muhammad Yunus por fraude
Notícias ao Minuto

12:02 - 12/06/24 por Lusa

Mundo Bangladesh

Yunus, de 83 anos, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2006 pelo pioneirismo no microcrédito para ajudar pessoas pobres, especialmente mulheres, declarou-se inocente e está em liberdade sob caução.

O vencedor do Nobel disse aos jornalistas que as autoridades o estavam "a assediar" e a outros colegas, negando estar envolvido em qualquer tipo de fraude.

Num tribunal de Daca, o juiz especial Syed Arafat Hossain rejeitou os recursos a pedir que as acusações - que giram em torno da Grameen Telecom, organização sem fins lucrativos de Yunus - fossem retiradas.

O Ministério Público acusou Yunus e outras pessoas de desviarem 250 milhões de takas (cerca de 1,8 milhões de euros) do fundo de bem-estar dos trabalhadores da Grameen Telecom, que detém 34,2% da maior empresa de telefonia móvel do país, a Grameenphone, uma subsidiária da gigante norueguesa de telecomunicações Telenor.

Os envolvidos também são acusados de branqueamento de capitais.

Hossain disse que a acusação conseguiu, preliminarmente, manter o seu argumento sobre as acusações de apropriação indevida de fundos e envio ilegal de dinheiro para o estrangeiro, acrescentando que o julgamento terá início em 15 de julho.

Em janeiro, Yunus foi condenado a seis meses de prisão num outro caso, que envolve a violação de leis trabalhistas. O vencedor do Nobel recebeu o direito de ficar em liberdade sob caução enquanto aguarda o veredicto final.

No ano passado, mais de 170 líderes globais e laureados com o Nobel pediram à primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, para suspender os processos judiciais contra Yunus.

Os seus apoiantes dizem que Yunus é um alvo devido a sua relação complicada com a primeira-ministra Sheikh Hasina. O Governo do Bangladesh negou tais acusações.

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