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PM e número dois da Irlanda do Norte determinadas em trabalhar juntas

A primeira-ministra da Irlanda do Norte, Michelle O'Neill, e a vice primeira-ministra, Emma Little-Pengelly, afirmaram hoje que estão determinadas a trabalhar juntas, apesar de pertencerem a partidos políticos historicamente rivais. 

PM e número dois da Irlanda do Norte determinadas em trabalhar juntas
Notícias ao Minuto

00:02 - 14/06/24 por Lusa

Mundo Irlanda do Norte

Cerca de quatro meses depois de assumirem funções, O'Neill, que lidera o partido republicano Sinn Féin na província britânica, explicou que decidiram "focar" os esforços políticos naquilo que têm em comum.

"Naquilo que nos une", reforçou.

"Acredito muito em relações, porque boas relações conseguem fazer coisas, boas relações são importantes nos períodos difíceis", vincou, durante uma conferência hoje em Londonderry, na abertura do YES Festival.

Little-Pengelly, uma antiga deputada do Partido Democrata Unionista (DUP na sigla inglesa), reiterou a mensagem, referindo querer "que as pessoas sintam que desta vez é diferente em termos de concretizar promessas". 

"Somos quem somos, temos opiniões diferentes, identidades e experiências diferentes. Eu tenho orgulho do que sou, mas isso não quer dizer que não possamos trabalhar juntas ou ser amigas", argumentou. 

Em 03 de fevereiro, Michelle O'Neill, do Sinn Féin, tornou-se na primeira católica a chefiar o governo regional da Irlanda do Norte, que antes foi sempre ocupado por uma figura protestante do DUP, partido que se opõe à unificação do território com a República da Irlanda. 

A formação do executivo pôs fim a dois anos em que as instituições políticas regionais estiveram suspensas.

As duas dirigentes políticas falavam na abertura do YES Festival, um evento internacional que envolve 16 países europeus e que vai realizar-se na cidade de Londonderry, também conhecida por Derry e palco de muitos confrontos entre católicos e protestantes entre 1969 e 1998. 

Do programa do festival constam o duo português Zoë e Philippe de Souza, composto por filha e pai, que, juntamente com outro guitarrista, vão apresentar um espetáculo onde juntam fado tradicional e dança.

Durante quatro dias, até domingo, mulheres de 16 países europeus, incluindo Portugal, vão protagonizar exposições, atuações e debates. 

O festival termina no domingo, com um evento de 18 horas para celebrar o romance "Ulisses", de James Joyce, que se passa todo em Dublin no dia 16 de junho de 1904. 

Esta é a primeira vez que o "Bloomsday", a celebração anual, acontece fora da capital irlandesa e que é dedicado à personagem feminina do romance, Molly Bloom. 

O "Molly Bloomsday" vai recriar os 18 episódios de "Ulisses" em diferentes lugares, desde praias e antigos fortes da província de Donegal até vários locais mais urbanos na cidade de Derry. 

O YES Festival é o culminar do projeto itinerante europeu Ulisses: uma odisseia europeia, que visitou dezoito cidades europeias ao longo de dois anos, incluindo Lisboa.

Cada cidade recriou um "episódio" do livro que explora questões contemporâneas, desde as migrações ao ambiente, liberdade de género ou saúde mental, tendo como ponto de partida o romance de Joyce. 

O episódio 16 da viagem está em curso em Lisboa até domingo no teatro São Luiz com a peça "Blooming", dirigida por Marco Martins. 

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