O Comando Central do exército dos EUA (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, disse na quinta-feira que o navio “M/V Verbena relatou danos e subsequentes incêndios a bordo".
"A tripulação continua a combater o incêndio”, acrescentou.
O ferido foi transportado por um helicóptero para um navio militar próximo para receber tratamento médico, acrescentou o Centcom, num comunicado.
O Verbena é um cargueiro com bandeira do Palau, propriedade de uma empresa da Ucrânia e operado por um armador da Polónia, que estava a transportar madeira da Malásia para Itália, disse o exército dos EUA.
Os rebeldes Hutis do Iémen reivindicaram mais tarde a autoria do ataque ao Verbena, assim como dos ataques a outros dois navios no mar Vermelho na quinta-feira.
O Centcom disse que os rebeldes do Iémen lançaram dois mísseis balísticos no mar Vermelho que “não causaram feridos ou danos significativos”.
A agência de segurança marítima UKMTO, que está sob a tutela do exército do Reino Unido, disse que um navio, anteriormente alvo de um ataque falhado por parte dos Hutis, foi atingido por um “terceiro projétil” que causou “danos menores”.
Na quarta-feira, os rebeldes assumiram a responsabilidade por um ataque, com um barco carregado de explosivos, contra o cargueiro com bandeira da Libéria M/V Tutor no mar Vermelho, causando “graves inundações” e danos a bordo.
Desde novembro que os Hutis lançaram dezenas de ataques com drones e mísseis contra navios no mar Vermelho e no golfo de Aden, perturbando o comércio marítimo global nesta área estratégica.
Aliados do Irão, os rebeldes do Iémen dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos no contexto da guerra iniciada em outubro entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Confrontados com os ataques, os Estados Unidos, apoiantes de Israel, criaram uma força multinacional em dezembro para proteger a navegação no mar Vermelho e lançaram ataques contra os rebeldes no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.
Mas os ataques não dissuadiram os Hutis, que controlam a capital iemenita, Saná, e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, e passaram a apontar como alvos navios ligados a Israel, bem como navios norte-americanos e britânicos.
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