A Islândia, a Noruega e o Japão são os únicos países que ainda autorizam a caça comercial à baleia, amplamente condenada pelas associações de defesa dos animais.
Na terça-feira, a ministra da Pesca, Alimentação e Agricultura islandesa, Bjarkey Olsen Gunnarsdottir, concedeu à Hvalur, a única empresa de caça à baleia do país, uma licença para abater 128 animais.
Mas o diretor da Hvalur, Kristjan Loftsson, disse na sexta-feira que a decisão da ministra chegava tão tarde que não tinha podia preparar os seus barcos para a caça nesta época.
Na Islândia, a caça à baleia ocorre entre meados de junho e setembro. Loftsson tinha pedido uma primeira licença em janeiro, depois da expiração da anterior, que tinha sido concedida para um período de cinco anos.
Nos últimos anos, os baleeiros islandeses raramente atingiram as quotas.
No ano passado, o país suspendeu a caça à baleia durante dois meses depois de uma investigação governamental, que concluiu que os métodos utilizados não respeitavam as leis sobre o bem-estar animal.
Os controlos efetuados pela agência veterinária pública revelaram que os arpões explosivos utilizados pelos caçadores provocavam agonias de várias horas aos animais.
A organização não governamental de defesa dos animais Humane Society International (HSI) exortou a Islândia a "acabar de forma definitiva com esta crueldade inútil".
Em declarações à AFP, Adam Peyman, da HSI, disse que "é extremamente dececionante que a ministra Gunnarsdottir tenha ignorado provas científicas inequívocas demonstrando a brutalidade e a crueldade do abate comercial das baleias e tenha permitido que estas sejam mortas durante mais um ano".
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