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Tribunal absolve sírio acusado de crimes de guerra por falta de provas
Um tribunal da Suécia absolveu hoje um antigo general do Exército da Síria acusado de cumplicidade em crimes de guerra durante o conflito sírio, considerando que não existiam provas suficientes.
© iStock
Mundo Suécia
O Ministério Público sueco acusou Mohammed Hamo, 65 anos, comandante da 11ª Divisão, de ter contribuído, a partir da posição que desempenhava, para decisões estratégicas e operações como os ataques cometidos em 2012 contra as cidades de Homs e Hama, que são considerados crimes de guerra, uma vez que visavam civis.
A sentença admite que houve ataques "indiscriminados" do Exército sírio contra as populações, mas sublinha que não foi apresentada qualquer prova no julgamento que demonstre que a divisão estava envolvida ou que o arguido era responsável por unidades que participaram nessas ações.
"A questão principal é saber se a 11ª Divisão do Exército Sírio esteve envolvida em ataques indiscriminados em certas áreas e se o arguido contribuiu para armar a divisão nesses ataques. Na opinião do tribunal de Estocolmo, não foram apresentadas provas para esclarecer estas questões", indica o acórdão.
Hamo desertou do exército sírio em 2012, fugindo primeiro para a Turquia e depois para a Suécia, onde vive como refugiado desde 2015.
As autoridades suecas iniciaram um processo contra o militar, que culminou com a acusação de infrações que poderiam implicar uma pena de prisão perpétua.
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