Governo eslovaco denuncia anterior executivo por doação de caças a Kyiv
O Governo eslovaco, liderado pelo primeiro-ministro Robert Fico, apresentou hoje uma queixa contra o anterior executivo, de Eduard Heger, por causa da doação de caças MiG-29 às Forças Armadas ucranianas, que considera inconstitucional e contrária aos interesses nacionais.
© REUTERS/Radovan
Mundo Guerra na Ucrânia
As autoridades eslovacas consideram que a decisão foi uma sabotagem e um abuso de autoridade por parte de Heger e do seu ministro da Defesa, Jaroslav Nad'.
"Depois dessa decisão, o céu ficou desprotegido e os cidadãos ficaram em risco", lamentou o secretário de Estado da Defesa, Igor Melicher.
Melicher sublinhou que a decisão não foi apoiada por uma análise jurídica e que os documentos apresentados pelo então ministro Nad' não cumpriam os requisitos de um texto oficial, noticiou o canal de televisão TA3.
O Governo de Heger autorizou em março de 2023 a entrega de 13 caças MiG-29 e de sistemas de defesa antiaérea 'Kub' à Ucrânia, em troca de uma alegada compensação por parte do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, assegurou Nad' na altura.
Alguns dos aliados da Ucrânia forneceram às suas Forças Armadas tanques para poderem combater a ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022.
No entanto, Kiev redobrou os seus apelos para ajuda militar, apontando a necessidade de caças, mas tais pedidos não obtiveram tanto apoio e apenas alguns parceiros os doaram.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
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