"Um fim dos combates em Gaza sem a libertação dos reféns seria um fracasso nacional sem precedentes e um passo em frente em relação aos objetivos da guerra", escreveu o Fórum das Famílias num comunicado.
No comunicado, a associação acrescenta que o regresso dos reféns ainda mantidos em cativeiro pelo grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza "é da responsabilidade e o dever (...) do primeiro-ministro".
No domingo, Benjamin Netanyahu declarou que a fase "intensa" dos combates na Faixa de Gaza estava a chegar ao fim, mas insistiu que a guerra contra o Hamas não tinha terminado.
Em resposta a uma pergunta, na primeira entrevista aos meios de comunicação social israelitas desde o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza, Netanyahu disse, no entanto, estar "pronto para chegar a um acordo parcial".
"Isso permitirá trazer de volta algumas das pessoas [reféns] e continuar a guerra após uma pausa, a fim de alcançar o objetivo de eliminar o Hamas", acrescentou o primeiro-ministro israelita, que enfrenta críticas sem precedentes, dentro e fora de Israel, pela forma como está a conduzir a guerra.
Recentemente, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mencionou uma proposta de acordo, que apresentou como israelita, envolvendo um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns.
O Hamas, por seu lado, insiste que qualquer acordo deve incluir um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
"As famílias dos reféns não permitirão que o Governo e o seu líder reneguem os seus compromissos fundamentais relativamente ao destino dos nossos entes queridos", frisou o Fórum das Famílias, na mesma nota informativa.
A Faixa de Gaza é cenário há mais de oito meses de uma ofensiva militar israelita que foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel que causou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Das 251 pessoas raptadas a 07 de outubro, 116 continuam detidas em Gaza, 41 das quais mortas, de acordo com o exército israelita.
A campanha militar israelita lançada em represália contra o pequeno território palestiniano já causou mais de 37 mil mortos, a maioria civis, e provocou uma grave crise humanitária, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, que governa o enclave desde 2007.
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