ONU expressa profunda tristeza pelos manifestante mortos no Quénia

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou hoje profunda tristeza pelas 17 mortes ocorridas durante protestos no Quénia que terminaram na invasão do Parlamento de Nairobi, na terça-feira.

Notícia

© MANDEL NGAN/AFP via Getty Images

Lusa
26/06/2024 08:38 ‧ 26/06/2024 por Lusa

Mundo

Quénia

A"Os relatórios sobre as mortes e feridos, incluindo jornalistas e pessoal médico, entristecem-me profundamente", disse Guterres numa declaração divulgada através das redes sociais, referindo-se às recentes manifestações na capital do Quénia.

"Insto as autoridades do Quénia a atuarem com moderação e peço para que as manifestações decorram de forma pacífica", acrescentou o secretário-geral da ONU.

Uma plataforma política do Quénia que integra cerca de vinte organizações disse hoje à agência de notícias espanhola EFE que, pelo menos, 17 pessoas morreram e 86 ficaram feridas nos protestos reprimidos pela polícia que usou granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água.

Os manifestantes assaltaram o Parlamento de Nairobi durante protestos contra um projeto-lei que prevê o agravamento dos impostos.

As manifestações de terça-feira atingiram níveis sem precedentes, o que levou à mobilização das Forças Armadas.  

Na semana passada, os manifestantes, sobretudo jovens, tentaram entrar no edifício do Parlamento, mas o protesto foi neutralizado pela polícia que chegou a usar armas de fogo.  

Na invasão de terça-feira os manifestantes partiram janelas, destruíram móveis e derrubaram bandeiras, acusando os políticos de traição.

O projeto-lei das Finanças 2024 foi aprovado por 195 votos a favor e 106 votos contra.

Com esta medida, o Governo do Quénia pretende conseguir 2.700 milhões de dólares adicionais para a redução do défice orçamental e o endividamento do Estado.

Os manifestantes acusam o Executivo de aprovar medidas fiscais que arrastam a população para a pobreza.

Ao contrário das manifestações antigovernamentais frequentes no país, estes últimos protestos foram convocados por jovens que até ao momento mantinham um comportamento pacífico.

Leia Também: União Africana "profundamente preocupada" com violência no Quénia

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas