ONU "tem razão" ao condenar ataque a escola em Gaza
As Nações Unidas tiveram "razão" ao condenarem o ataque que matou 10 palestinianos numa escola da ONU em Gaza, declarou hoje o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
© Reuters
Mundo David Cameron
"Penso que a ONU teve razão ao condenar (aquele ato), pois a lei internacional é muito clara em relação ao facto dos civis ou as escolas não serem alvos, se se verificar que foi esse o caso", disse o governante à BBC.
A propósito do mesmo bombardeamento da escola em Rafah, realizado pelos israelitas no domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, considerou que o direito "pleno" de Israel à segurança "não justifica" o "massacre" de civis em Gaza.
"O (movimento islamita palestiniano que controla a faixa de Gaza) Hamas tem, evidentemente, uma grande responsabilidade nesta engrenagem macabra que serve sobretudo os extremistas, mas esta também não justifica o que o secretário-geral das Nações Unidas qualificou de crimes", disse o chefe da diplomacia francesa num comunicado divulgado em Paris.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou no domingo de "nova violação flagrante do direito humanitário internacional" o bombardeamento da escola e evocou um "escândalo do ponto de vista moral e um ato criminoso".
A escola, gerida pela agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinianos (UNRWA), foi transformada num centro de acolhimento de refugiados da ofensiva israelita iniciada a 08 de julho.
Face à situação, Fabius disse apoiar e mesmo "exigir" o estabelecimento de um cessar-fogo como o que é proposto pelo Egito e defender a solução política dos dois Estados que, considerou, "deve ser imposta pela comunidade internacional".
O exército israelita deve respeitar hoje na faixa de Gaza uma trégua unilateral de sete horas, até às 14:00 TMG (15:00 em Lisboa), nas operações que já causaram mais de 1.800 mortos e cerca de 9.500 feridos palestinianos.
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