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Afinal, porque é que Julian Assange foi a tribunal nas Ilhas Marianas?

Antes de rumar à Austrália, o fundador do WikiLeaks deslocou-se às Ilhas Marianas para assinar um acordo com a Justiça norte-americana. Porquê?

Afinal, porque é que Julian Assange foi a tribunal nas Ilhas Marianas?
Notícias ao Minuto

15:06 - 26/06/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo WikiLeaks

Julian Assange, fundador do portal WikiLeaks, chegou, esta quarta-feira, à Austrália depois de ter deixado as Ilhas Marianas como um "homem livre", devido a um acordo com os Estados Unidos.

Antes, passou 12 anos no Reino Unido, onde esteve exilado numa embaixada e depois detido numa prisão de alta segurança. Mas, afinal, porque viajou Assange do Reino Unido para as Ilhas Marianas em vez de para território continental norte-americano?

As Ilhas Marianas, até esta semana conhecidas apenas pelas suas praias, são um território norte-americano no Pacífico. Esta comunidade autónoma, lembra a BBC, foi a escolhida devido à oposição de Assange em viajar para o continente americano e à proximidade com a Austrália, terra natal do denunciante. 

O território encontra-se a três mil quilómetros da Austrália e é composto por um conjunto de 14 ilhas. Tal como o Guam ou Porto Rico, faz parte dos EUA, mas não é um estado formal e, por isso, não podem votar nas eleições presidenciais. 

Segundo um censo de 2022, conta com 49.551 habitantes, sendo que, em 2020, cerca de 60% da população da ilha era constituída por cidadãos norte-americanos e os 40% eram trabalhadores estrangeiros. Saipan, onde Assange foi presente a tribunal, é a cidade mais populosa das ilhas. 

Recorde-se que, na terça-feira, o portal WikiLeaks anunciou que Julian Assange, que se encontrava preso no Reino Unido, foi libertado e transportado para o aeroporto de Stansted, onde embarcou num avião, na sequência de um acordo com a Justiça norte-americana, nos termos do qual aceitou declarar-se culpado do crime de conspiração para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais relacionadas com a Defesa e a Segurança Nacional dos Estados Unidos.

Com o acordo, Assange foi condenado a 62 meses de prisão, uma pena já cumprida em prisão preventiva em Londres. Assange aceitou ainda renunciar ao direito de apresentar recurso e comprometeu-se a destruir qualquer informação confidencial obtida pelo WikiLeaks.

Assange estava detido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, altura em que foi detido, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era acusado de violação.

Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange, acusado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo exército norte-americano no Iraque e no Afeganistão.

Leia Também: Julian Assange já chegou à Austrália

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