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Antigo ministro da Defesa Li Shangfu expulso do Partido Comunista Chinês

O antigo ministro da Defesa chinês Li Shangfu, que foi abruptamente demitido sem explicações em 2023, foi expulso do Partido Comunista Chinês (PCC), noticiaram hoje os meios de comunicação social chineses.

Antigo ministro da Defesa Li Shangfu expulso do Partido Comunista Chinês
Notícias ao Minuto

13:48 - 27/06/24 por Lusa

Mundo PCC

A demissão de Li, após apenas sete meses no cargo, ocorreu depois de uma remodelação na direção da unidade do exército responsável pelos mísseis estratégicos, incluindo os mísseis nucleares.

As autoridades chinesas anunciaram no ano passado uma nova direção para a unidade sem explicar a mudança.

Na altura, a imprensa estrangeira noticiou uma investigação de corrupção envolvendo Li Shangfu, que era chefe da unidade antes de se tornar ministro.

A última aparição pública de Li ocorreu em 29 de agosto de 2023.

A China só o demitiu em outubro e esperou até dezembro para nomear um novo ministro da Defesa, Dong Jun.

Li "causou grandes danos à causa do Partido, à defesa nacional e ao desenvolvimento das forças armadas, bem como à imagem dos altos funcionários", afirmou hoje a televisão estatal CCTV, citando uma decisão do gabinete político do PCC.

Segundo a transcrição da decisão, Li "traiu a sua missão original e perdeu o espírito e os princípios do partido".

Li Shangfu é "suspeito de corrupção", e acusado de "tirar partido da posição" e de "receber somas avultadas de dinheiro", segundo a CCTV, citada pela agência francesa AFP.

Lê-se também na decisão que Li "poluiu gravemente o ambiente político e a ética industrial no domínio do equipamento militar".

O antecessor de Li no Ministério da Defesa, Wei Fenghe, é também suspeito de corrupção e foi igualmente expulso do PCC, acrescentou a televisão estatal.

Num discurso proferido na semana passada perante oficiais superiores do exército, o Presidente chinês, Xi Jinping, apelou para a "erradicação do terreno fértil e das condições em que a corrupção prospera".

Xi apelou também para o reforço da lealdade no exército.

Os avisos de Xi surgem numa altura de grande tensão entre a China e os vizinhos na região, em especial com as Filipinas, devido a reivindicações territoriais no Mar do Sul da China.

As tensões também aumentaram com Taiwan, com Pequim a realizar exercícios militares em grande escala em maio em torno da ilha, após o discurso de posse do novo Presidente taiwanês, Lai Ching-te.

Pequim considera Taiwan parte do território da República Popular da China e ameaça usar a força se Taipé declarar a independência.

Taiwan foi a ilha onde as forças nacionalistas se refugiaram em 1949, após terem sido derrotadas pelos comunistas liderados por Mao Zedong, vivendo autonomamente desde então.

Leia Também: Capacidade de inovação da China é "fraca", admite Xi Jinping

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