O superintendente do estado de Oklahoma, o responsável máximo pela educação, ordenou esta quinta-feira a todas as escolas públicas que ensinassem a Bíblia, incluindo os Dez Mandamentos, numa medida extraordinária que esbate as fronteiras entre o ensino religioso e o ensino público.
Segundo o The New Tork Times, o superintendente, Ryan Walters, que é republicano, descreveu a Bíblia como um "elemento histórico e cultural indispensável" e disse que deve ser ensinada em certos níveis de ensino.
A medida surge uma semana depois de o Louisiana se ter tornado o primeiro Estado a obrigar as escolas públicas a afixarem os Dez Mandamentos em todas as salas de aula, o que foi rapidamente contestado em tribunal. A diretiva do Oklahoma também poderá ser contestada e é provável que provoque o mais recente conflito sobre o papel da religião nas escolas públicas - uma questão que tem vindo a ganhar cada vez mais destaque nos EUA.
Os esforços para trazer textos religiosos para a sala de aula fazem parte de um movimento nacional crescente para criar e interpretar leis de acordo com uma visão do mundo conservadora e cristã.
O Oklahoma também tentou ser o primeiro estado a autorizar uma escola charter religiosa, o que teria canalizado o dinheiro dos contribuintes para uma escola católica online que deveria abrir em agosto. O Supremo Tribunal de Oklahoma pronunciou-se contra a escola esta semana, mas é provável que a decisão seja objeto de recurso.
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