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Quem poderá ser vice-presidente num governo de Trump?

O ex-presidente norte-americano Donald Trump, potencial candidato republicano à Casa Branca nas eleições deste ano, confirmou que já decidiu quem será o seu candidato a vice-presidente e que o anúncio será feito em breve.

Quem poderá ser vice-presidente num governo de Trump?
Notícias ao Minuto

11:19 - 28/06/24 por Lusa

Mundo EUA

Trump voltou-se contra o seu primeiro vice-presidente, Mike Pence, após o ex-governador do estado do Indiana ter rejeitado os esforços do magnata para anular os resultados eleitorais de 2020 com base em falsas teorias depois de ter sido derrotado por Joe Biden, o atual chefe de Estado.

Eis uma lista de nomes que têm circulado na imprensa norte-americana e no circulo conservador como potenciais candidatos:

Tim Scott

Não é segredo que o perfil do senador afro-americano da Carolina do Sul agrada ao ex-presidente republicano, uma vez que levaria não só diversidade racial à sua candidatura, como a componente religiosa que a sua base mais conservadora tanto aprecia.

Um autodenominado “crente renascido”, Scott cita frequentemente as escrituras bíblicas nos seus discursos políticos.

Donald Trump nunca deixou de elogiar a lealdade do político de 58 anos, também ele um ex-candidato presidencial às primárias republicanas deste ano.

Com Tim Scott como seu braço direito, Donald Trump poderia esperar obter votos entre os eleitores negros, que preferiram em grande parte Joe Biden nas eleições de 2020.

Os críticos, porém, desaprovam o senador pela falta de presença, principalmente em debates.

Doug Burgum

Doug Burgum, um rico ex-empresário do ramo de ‘software’ agora no seu segundo mandato como governador de Dakota do Norte, chegou a concorrer contra Trump pela indicação republicana, mas a campanha deste governador pouco conhecido de um estado pouco povoado acabou por se revelar irrelevante.

Mas é precisamente esse fator - de não ser conhecido do grande público - que poderá agradar a Donald Trump, não habituado a ser ofuscado pelos seus aliados.

Como governador, Burgum aprovou no ano passado pelo menos oito projetos de lei anti-transgénero, mais do que quase qualquer outro Estado, e assinou uma das proibições de aborto mais rigorosas do país - uma decisão que poderá vir a assombrá-lo nesta campanha presidencial, onde a questão da interrupção voluntária da gravidez é altamente sensível.

Desde que desistiu da sua candidatura à nomeação republicana, Burgum tornou-se rapidamente num dos apoiantes mais visíveis de Trump, aparecendo frequentemente na televisão em defesa do magnata e juntando-se a ele em angariações de fundos, além de ter viajado para Nova Iorque para o julgamento criminal do ex-presidente.

JD Vance

Nem sempre este polémico senador republicano foi fã de Donald Trump, algo que o ex-presidente faz questão de relembrar.

Mas este ex-militar de 39 anos - conhecido por ter publicado um livro de memórias que foi um sucesso de vendas - só recentemente entrou na política. 

O perfil do senador do Ohio tornou-se imediatamente atraente nos círculos republicanos, em particular graças à sua capacidade de arrecadar fortunas para o seu partido, algo particularmente significativo num país onde as vitórias políticas são conquistadas com milhares de milhões de dólares.

Vance tornou-se uma presença constante no circuito da imprensa conservadora, entra frequentemente em discussões com repórteres no Capitólio e apareceu com Trump em recentes arrecadações de fundos e em tribunais.

Aos 39 anos, Vance injetaria alguma juventude numa corrida que apresenta um candidato de 81 anos (Biden) e outro de 78 anos (Trump) a concorrer pelos dois principais partidos do país. 

Marco Rubio

A relação entre Donald Trump e Marco Rubio também nem sempre foi de apreciação mútua. O senador da Florida enfrentou o magnata do setor imobiliário nas primárias republicanas de 2016, uma corrida em que fez abertamente troça do tamanho das mãos e do tom de pele de Donald Trump.

Mas ambos parecem ter deixado essa oposição no passado.

Donald Trump sabe que poderá beneficiar do perfil deste senador de 53 anos, muito envolvido em questões geopolíticas, e que poderá atrair-lhe um apoio valioso entre o eleitorado hispânico, uma vez que é filho de imigrantes cubanos e fala espanhol.

No entanto, parte da extrema-direita nunca o perdoou pelo seu projeto de reforma migratória, apresentado há mais de dez anos, que ofereceu um caminho para imigrantes ilegais que residiam nos Estados Unidos obterem cidadania norte-americana.

Contudo, esta eventual parceria de Trump e Rubio enfrenta um entrave: a Constituição do país diz que dois candidatos do mesmo estado não podem concorrer como Presidente e vice-presidente, o que obrigaria o senador a mudar de residência – algo que estaria disposto a fazer.

Outros

Os nomes da congressista de Nova Iorque Elise Stefanik, do ex-secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano Ben Carson e do senador Tom Cotton também circulam como potenciais candidatos, mas suas probabilidades parecem limitadas no momento, assim como as do empresário Vivek Ramaswamy, do congressista Byron Donalds ou da ex-apresentadora Kari Lake.

Questionada pela agência France Press (AFP), a comitiva de Donald Trump recusou-se a dar detalhes sobre o perfil preferido do candidato septuagenário.

“Qualquer pessoa que afirme saber quem Trump escolherá como vice-presidente, ou quando, está a mentir”, disse o conselheiro de Trump, Brian Hughes, em comunicado.

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