Macron considerou que a alta participação dos eleitores nesta primeira volta, hoje, que se elevou a cerca de 65%, demonstra uma vontade dos franceses de "clarificar a situação política".
"Face à União Nacional (RN, extrema-direita), chegou o momento de uma grande união, claramente democrática e republicana, para a segunda volta", marcada para 7 de julho, afirmou num comunicado oficial.
"A elevada participação na primeira volta [...] demonstra a importância desta votação para todos os nossos compatriotas e o desejo de clarificar a situação política. A democracia obriga-nos a isso", acrescentou.
Emmanuel Macron convocou eleições legislativas antecipadas após as eleições europeias de 9 de junho, nas quais a extrema-direita obteve grande vantagem.
Nesta primeira volta, o partido de Macron fica-se por pouco mais de 20%, atrás da aliança de esquerda Nova Frente Popular, que segundo as sondagens à boca das urnas contará com um resultado entre 28,5% e 29,1%, e da RN, com 34% dos votos.
"Bloco macronista" foi "praticamente aniquilado", atira Marine Le Pen
A líder da União Nacional (RN), Marine Le Pen, regozijou-se com o resultado do seu partido nas legislativas antecipadas, bem à frente do campo de Macron, considerando-o "praticamente aniquilado".
Os franceses mostraram "o seu desejo de virar a página de sete anos de poder desdenhoso e corrosivo" do atual chefe de Estado, disse Le Pen, eleita na primeira volta no seu círculo eleitoral no Norte.
O "bloco macronista" foi "praticamente aniquilado", afirmou a líder do RN, apelando ao povo francês para que dê ao partido de extrema-direita "uma maioria absoluta".
[Notícia atualizada às 19h47]
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