Depois serem conhecidas as primeiras projeções, que dão a vitória à União Nacional (RN, na sigla francesa), de Marine Le Pen, deixando o NFP em segundo lugar com cerca de 28%, Hollande apelou à "consciência" de que a união é necessária para impedir uma eventual maioria absoluta da extrema-direita na Assembleia Nacional.
Esta união deve ser "o mais ampla possível", disse, apelando a todos os eleitores, "para além da esquerda", para que defendam os valores republicanos, tornando possível uma Assembleia Nacional que respeite os direitos humanos.
"O Presidente da República parece ter desaparecido. A maioria está em frangalhos", afirmou Hollande, salientando que a esquerda é a única alternativa para encarnar a defesa da República.
No seu próprio círculo eleitoral, o primeiro do departamento de Corrèze, na Nova Aquitânia, Hollande passará para a segunda volta na liderança, com 37,63% dos votos. Passarão igualmente à segunda volta a candidata do RN e o candidato do conservador Os Republicanos (LR).
"Nada foi fácil, porque foi preciso convencer que o momento era grave, que estávamos na situação de uma extrema-direita às portas do poder. Ao mesmo tempo trouxemos esperança, mas temos o dever imperioso de garantir que a extrema-direita não consegue ter maioria na Assembleia Nacional", sublinhou.
O partido de extrema-direita União Nacional (RN), de Marine Le Pen e seus aliados, está na frente na primeira volta das eleições legislativas francesas, com mais de 34% dos votos, de acordo as primeiras projeções.
A extrema-direita está nesta fase à frente da aliança de esquerda Nova Frente Popular, que segundo as sondagens à boca das urnas contará com um resultado entre 28,5% e 29,1%. A uma distância ainda maior está o partido do campo do Presidente Emmanuel Macron (20,5% a 21,5%).
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