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França. Attal apela para que não se dê "um único voto" à extrema-direita

O primeiro-ministro francês e candidato pela coligação presidencial, Gabriel Attal, apelou hoje aos eleitores para que não deem "nem um único voto" ao partido de extrema-direita União Nacional, que ficou à frente na primeira volta das eleições legislativas.

França. Attal apela para que não se dê "um único voto" à extrema-direita
Notícias ao Minuto

22:22 - 30/06/24 por Lusa

Mundo França

"Digo isto com a força com que apelo a todos e a cada um dos nossos eleitores, nem um voto deve ir para a União Nacional, nestas circunstâncias, a França merece que nunca hesitemos", disse Gabriel Attal, numa intervenção após a projeção dos resultados das eleições legislativas, em Paris.

Segundo o primeiro-ministro, o desafio na segunda volta das eleições legislativas, no próximo domingo, 07 de julho, é "privar a extrema-direita de uma maioria absoluta", para que seja constituída uma Assembleia Nacional em que o seu partido possa ter "peso suficiente para construir maiorias de projetos e ideias entre as forças republicanas".

Inicialmente, o discurso estava previsto para acontecer na sede do partido de Gabriel Attal, mas foi mudado à última da hora para a residência oficial do primeiro-ministro, no Hotel Matignon, em Paris.

Na sua intervenção, o chefe de governo francês recusou o "projeto desastroso da extrema-direita", considerando que reduz os valores, enfraquece o país e aumenta "a miséria", embora esteja agora "à porta do poder".

"O nosso objetivo é claro: impedir que a União Nacional obtenha a maioria absoluta na segunda volta", declarou Gabriel Attal, apelando à retirada das candidaturas que ficaram em terceiro lugar, para impedir que a União Nacional (Rassemblement National, em francês) consiga a maioria absoluta no parlamento francês.

Gabriel Attal criticou ainda a coligação de partidos de esquerda, Nova Frente Popular, que teve melhor desempenho nas eleições de hoje do que o partido presidencial.

"Como todos compreenderam esta noite, a Nova Frente Popular não terá uma maioria absoluta, dissemos ao longo desta campanha que a presença no seu seio de uma França Insubmissa [LFI, esquerda radical] amplamente rejeitada pelo povo francês impediria que fosse uma alternativa credível para governar", defendeu.

Gabriel Attal terminou o discurso assegurando que o seu partido irá continuar a lutar e a resistir e apelando aos franceses para que votem na coligação Juntos [Ensemble, em francês], cujos "candidatos defendem a República".

Nesta primeira volta, o partido de Attal conquistou pouco mais de 20%, segundo as primeiras projeçoes, com "mais de 300 membros" do partido qualificados para a segunda volta das eleições.

Ainda de acordo com as primeiras projeções, à frente ficou o partido de extrema-direita União Nacional (RN), com 34% dos votos, seguindo da coligação que une os partidos de esquerda Nova Frente Popular, que contará com um resultado entre 28,5% e 29,1.

Attal foi nomeado primeiro-ministro pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, em 09 de janeiro de 2024, tendo sido o quarto chefe de governo de Macron, que está a cumprir o seu segundo mandato até 2027.

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