Segundo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), muitos dos que abandonaram o sul da Faixa de Gaza fugiram para a costa oeste, disse a porta-voz da instituição, Louise Wateridge, numa videoconferência com os meios de comunicação social acreditados pela ONU em Genebra.
"Vimos muitas famílias a arrumar os seus pertences e a tentar sair da zona", afirmou, reiterando a impossibilidade de muitas delas se deslocarem para zonas realmente seguras numa Faixa de Gaza onde os ataques podem ocorrer em qualquer ponto do enclave palestiniano.
Os ataques e as retiradas, numa zona onde muitas pessoas procuraram refúgio durante as ofensivas em Rafah, mais a sul, junto a fronteira com o Egito, "são mais um golpe devastador para a resposta humanitária", uma vez que as populações "são obrigadas a deslocar-se uma e outra vez".
O exército israelita bombardeou a zona leste de Khan Younis na segunda-feira à noite, matando pelo menos oito pessoas e ferindo outras 30, segundo o Crescente Vermelho Palestiniano.
A ordem de retirada abre a porta a uma provável operação militar terrestre israelita na cidade, o que significaria o regresso das tropas a Rafah desde que a abandonaram a 07 de abril, quando as milícias palestinianas foram consideradas neutralizadas.
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