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Zelensky quer paz justa e Orbán pede cessar-fogo para negociações

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje em Kyiv ao primeiro-ministro húngaro que falta uma paz justa para a Ucrânia e Viktor Orbán apelou para um cessar-fogo para permitir conversações de paz.

Zelensky quer paz justa e Orbán pede cessar-fogo para negociações
Notícias ao Minuto

12:52 - 02/07/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Numa conferência de imprensa conjunta, Zelensky considerou que a visita do líder húngaro ilustra "as prioridades europeias comuns e a importância de trazer uma paz justa à Ucrânia e a toda a Europa".

A Hungria assumiu na segunda-feira a presidência rotativa de seis meses do Conselho da União Europeia (UE), que iniciou negociações para a adesão da Ucrânia.

Orbán é o único líder dos países da UE considerado próximo da Rússia.

O líder nacionalista chegou hoje a Kyiv para conversações com Zelensky, naquela que é a sua primeira deslocação à Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.

Orbán disse que apelou a Zelensky para considerar um cessar-fogo o mais rapidamente possível, a fim de alcançar a paz, segundo a agência francesa AFP.

"Pedi ao Presidente [Zelensky] que considerasse a possibilidade de um cessar-fogo o mais rapidamente possível", que seria "limitado no tempo e permitiria acelerar as negociações de paz", afirmou.

Orbán descreveu a conversa com Zelensky como franca e disse que o conteúdo das discussões "será comunicado ao Conselho da União Europeia (...) para que possam ser tomadas as decisões europeias necessárias".

Zelensky pediu a Orbán, que bloqueou pagamentos à Ucrânia no passado, para manter a ajuda militar europeia a Kyiv.

"É também muito importante para todos nós na Europa que o apoio europeu à Ucrânia se mantenha a um nível suficiente, incluindo a nossa defesa contra o terror russo", afirmou durante a conferência de imprensa.

Num vídeo do encontro divulgado por Zelensky nas redes sociais, Orbán disse ao Presidente da Ucrânia que o objetivo da visita a Kyiv era compreender o que o Governo ucraniano considera serem as possibilidades de paz.

"Somos muito favoráveis à paz. Gostaria que compreendessem que esta é a minha missão, compreender como veem as possibilidades de paz", afirmou, segundo a agência espanhola EFE.

"O objetivo da minha presença aqui é perceber como podemos ajudar a Ucrânia nos próximos seis meses e também como podemos ajudar a comunidade húngara", disse Orbán, numa referência à presidência húngara da UE.

Zelensky felicitou Orbán pela primeira visita à Ucrânia em 12 anos e disse que as conversações iriam centrar-se na forma de se aproximar de uma paz "justa e duradoura".

O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrí Yermak, descreveu o encontro como "uma importante conversa sobre o futuro da Europa, a segurança, o direito internacional e a Fórmula de Paz Ucraniana", segundo a EFE.

"Foi feito muito trabalho para esta visita", disse Yermak nas redes sociais, publicando uma fotografia de Zelensky e Orbán a cumprimentarem-se, tendo como pano de fundo as bandeiras da Ucrânia, da Hungria e da UE, no palácio presidencial de Kyiv.

A Fórmula de Paz contém dez exigências à Rússia, incluindo a retirada das tropas de todo o território ucraniano, não só das regiões ocupadas desde 2022, mas também da Crimeia, que Moscovo anexou em 2014.

A Hungria não assinou o comunicado final da cimeira de paz organizada por iniciativa da Ucrânia na Suíça em meados de junho, que incluía algumas das exigências da Fórmula de Paz.

O líder húngaro opôs-se à maioria das iniciativas europeias de assistência militar e financeira à Ucrânia no contexto da invasão russa.

Também se opôs às sanções contra a Rússia, embora tenha cedido em momentos-chave após longas negociações em que lhe foram oferecidas contrapartidas em troca do levantamento do veto.

Orbán considera igualmente que a Ucrânia está a violar os direitos da minoria húngara do país com as políticas de consolidação do ucraniano como língua franca nacional em todo o país.

[Notícia atualizada às 13h37]

Leia Também: Ucrânia: Rússia perturbou sinais de satélite europeus

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