Rússia protesta pela retirada de monumentos da União Soviética na Estónia
As autoridades russas protestaram hoje junto do Governo da Estónia contra a retirada dos monumentos que exaltam os soldados soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial e exumação de militares.
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Mundo Rússia
A retirada dos monumentos tem sido motivo de contencioso não apenas entre Moscovo e Talin mas também com os restantes países bálticos que adotaram medidas semelhantes sobre a desmontagem ou mesmo demolição de esculturas sobre a presença das forças soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A embaixada da Rússia criticou na nota de protesto enviada hoje ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia o "desmantelamento de sepulturas na localidade de Tehumardi, na ilha de Saaremaa", assim como a exumação que está prevista nas imediações onde estão sepultados os soldados do antigo Exército Vermelho que morreram em combate.
A mesma nota diplomática refere que em outubro de 1944 ocorreu em Tehumardi uma das "batalhas mais difíceis da Segunda Guerra Mundial" em que centenas de soldados soviéticos "derramaram o sangue" para libertar a ilha.
"Apesar de tudo isto, as autoridades da Estónia mostram preocupação por aqueles que lutaram ao lado de [Adolf] Hitler, ao retirarem estes monumentos", acusa a Rússia.
"Entregámos a nota da embaixada (da Rússia) para pôr fim a estes atos de blasfémia e a uma campanha imoral que procura anular a herança histórica e militar soviética nesta zona através do revisionismo sobre o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial", acrescenta o texto.
O Governo da Rússia pede também que os monumentos sejam mantidos ou que sejam recolocados aqueles que já foram retirados.
Em fevereiro, as autoridades estonianas admitiram a possibilidade de exumar cerca de 90 sepulturas militares soviéticas.
A Estónia foi ocupada e só recuperou a independência em 1992 após a queda da União Soviética.
As forças russas retiraram-se do país em 1994 tendo a Estónia aderido à Aliança Atlântica em 2004.
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