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Polícia da Turquia detém 474 pessoas após motins anti-Síria. Veja o vídeo

As autoridades turcas detiveram 474 pessoas na sequência de motins anti-Síria em várias cidades, na sequência da detenção de um sírio suspeito de assediar uma criança, anunciou hoje o ministro do Interior, Ali Yerlikaya.

Notícias ao Minuto

15:55 - 02/07/24 por Lusa

Mundo Ali Yerlikaya

O ministro informou que "474 pessoas foram detidas após atos provocatórios" levados a cabo contra sírios na Turquia.

Desde a detenção de um homem sírio suspeito de assediar uma criança, as tensões aumentaram na Turquia contra a comunidade síria, com grupos de homens a atacarem empresas e lojas pertencentes a sírios em Kayseri, no centro da Turquia, na noite de domingo.

Vários vídeos divulgados nas redes sociais mostravam homens a partir a montra de uma mercearia alegadamente gerida por comerciantes sírios, antes de a incendiarem.

"Não queremos mais sírios! Não queremos mais estrangeiros!", grita um homem num dos vídeos.

A província de Kayseri apelou aos residentes para que se contivessem nas manifestações de indignação, especificando num comunicado que a criança vítima de assédio, de cinco anos, também tinha nacionalidade síria.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou na segunda-feira esta recente onda de violência contra a grande comunidade de refugiados sírios na Turquia.

"Não importa quem sejam, é inaceitável atear fogo às ruas e casas das pessoas", argumentou o líder turco, lembrando que o discurso de ódio não deve servir fins políticos.

A verdade é que a violência se espalhou para outras cidades do país, na noite de segunda-feira, incluindo Istambul e a polícia reforçou a segurança em torno do consulado sírio nesta cidade.

A Turquia - que acolhe cerca de 3,2 milhões de refugiados sírios numa população de 85 milhões - foi abalada várias vezes por surtos de ataques xenófobos nos últimos anos, muitas vezes desencadeados por rumores espalhados nas redes sociais.

Veja o vídeo na galeria acima.

Leia Também: Estado Islâmico matou mais de 4.000 pessoas desde 2019 na Síria

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